Literatura
'Os brasileiros só leem a Bíblia e nem entendem direito', diz Gregorio Duvivier
Humorista, ao lado de Xico Sá e Maria Ribeiro, comanda evento literário gratuito no Recife Antigo nesta quinta-feira
Por: Matheus Rangel
Publicado em: 07/12/2017 12:45 Atualizado em:
Jornalista, atriz e humorista compartilham experiências pessoais. Foto: Ana Lícia Menezes/Divulgação |
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Depois de passar por diferentes regiões do país, o evento chega ao Recife em formato gratuito e aberto ao público. Será nesta quinta-feira (7), a partir das 19h, no Marco Zero, no Recife Antigo, com estrutura montada na lateral do Centro de Artesanato de Pernambuco. No palco, Xico, Maria e Gregorio compartilham experiências pessoais e profissionais com a leitura passeando por diferentes aspectos do tema, que incluem redes sociais, correntes do WhatsApp e até ganhadores do prêmio Nobel. “É um desafio muito grande montar um projeto de literatura porque não se trata de uma paixão nacional. As pessoas até leem, leem muito, mas é um livro só, que é a Bíblia, e nem entendem direito. Falam coisas opostas a ela. Mais do que quantidade, o Brasil tem um problema de qualidade de leitura”, aponta Duvivier, autor dos livros A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora (2011), Ligue os pontos: Poemas de amor e Big Bang (2013), Percatempos: Tudo que faço quando não sei o que fazer e Caviar é uma ova (2016).
Para Maria Ribeiro, que se prepara para o lançamento de Tudo que eu sempre quis dizer, mas só consegui escrevendo, programado para o ano que vem, a desmistificação do papel de escritores é um dos fatores fundamentais no processo de democratizar o acesso à leitura. “É um projeto que junta três figuras da TV, relativamente pops, e que por acaso escrevem. Então, normalmente, as pessoas associam a figura do escritor a alguém de difícil acesso e somos totalmente acessíveis. Estamos no Instagram, somos ‘bagaceiros’ e contribuímos, dentro da nossa pequena medida, para mostrar que todo mundo pode escrever, que a literatura está ao alcance de todos”, reflete.
Por ser aberto ao público - diferentemente de outras cidades, nas quais se costuma cobrar ingresso - a edição pernambucana do Você é o que lê promete ser especial. “Na condição de escritor nascido no Cariri (Crato), com família paterna cearense, família materna pernambucana (Sertão do Pajeú) e sendo um rapaz educado sentimentalmente no Recife, óbvio que é muito especial mesmo, de rocha, comovente, arrepiante”, espera Xico Sá.
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