Música 'O reggae tem uma maneira sedutora de falar das coisas', diz Céu, que faz show no Recife Cantora e compositora retorna à capital para cantar repertório do ídolo Bob Marley

Por: Emília Prado

Publicado em: 15/12/2017 17:45 Atualizado em:

Cantora tem 15 anos de carreira. Foto: Noize/Divulgação
Cantora tem 15 anos de carreira. Foto: Noize/Divulgação


Há três anos, Céu trazia pela primeira vez ao Recife o show Catch a fire, nome do disco de Bob Marley e The Wailers lançado em 1973. As releituras não fogem muito dos arranjos originais, mas são bem marcadas pela identidade da cantora e compositora paulista, que já acumula 15 anos de carreira. A apresentação será às 22h desta sexta-feira, no Baile Perfumado (Rua Carlos Gomes, 390, Prado), e os ingressos estão à venda no site www.sympla.com.br a R$ 40.

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Logo no seu primeiro disco, Céu (2005), a artista lançou uma versão da música Concrete jungle, clássico de Bob Marley e queridinha do público da cantora. Dona de um estilo único, Céu recebe influências principalmente do reggae, mas também do jazz, R&B, samba, MPB, afrobeat, música caribenha, hip hop e outros estilos para compor suas canções, que podem ser percebidas em diferentes níveis nos seus quatro álbuns. "Para mim o reggae representa muita coisa. Sempre curti, sempre quis deixar bem clara essa influência em meus discos", revela a cantora.

Por ocupar um lugar especial na construção musical de Céu, o reggae ganhou turnê exclusiva em 2014 e o público pediu bis. A cantora, que está no fim de uma gestação, se despede do Catch a fire e dos palcos, pelo menos até achar que é tempo de voltar: "Agora (a gravidez) está em fase avançada, então estamos nos últimos shows do ano. Está tudo mais devagar, o corpo dita o ritmo e eu respeito. Devo dar uma parada boa nos próximos meses".

A banda que acompanha a cantora é formada por Lucas Martins (baixo), Thomaz Harres (bateria), João Leão (teclado), David Bové (guitarra) e conta com uma participação de Saulo Duarte na guitarra.

ENTREVISTA - Céu, cantora

O reggae como influência está na sua carreira desde os primeiros discos. O que o ritmo jamaicano representa para você?
O reggae tem uma maneira muito sedutora de falar sobre coisas extremamente pesadas. O Catch a fire é um disco de protesto. E se você o escuta sem prestar atenção nas letras, você pode senti-lo como um disco amoroso, terno. Mas é uma bomba. Isso é brilhante. Ser simples e complexo ao mesmo tempo.

No show Catch a fire, tem medo de cantar os clássicos? Existe um limite para inovar com estas canções mais conhecidas?
Dá um arrepio mexer em clássico. Precisa de coragem, sim. Mas eu sei bem da minha relação de respeito e estudo com o ritmo, por isso encarei. E o mais legal é sentir que o público está curtindo, que o som está batendo.

Desde o lançamento do primeiro álbum, em 2005, o que está em constante mudança na sua arte e o que permanece como essência?
Mudança, eu diria que a sonoridade dos arranjos e a instrumentação, a "embalagem" da música. O que permanece é a essência do que quero falar, das histórias, da maneira de compor e, acima de tudo, do elemento brasileiro.

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