Lançamento Chitãozinho e Xororó acolhem o feminejo e cantam com divas do ritmo em disco Veteranos convidaram Simone & Simaria, Maiara & Maraisa, Anavitória, Ana Clara, Tânia Mara, Marília Mendonça, Bruna Viola, Kell Smith, Alcione e Paula Fernandes

Por: Alef Pontes

Publicado em: 27/12/2017 15:04 Atualizado em: 27/12/2017 13:21

Artistas consagradas e mais jovens foram convidadas pela dupla. Foto: Universal/Divulgação
Artistas consagradas e mais jovens foram convidadas pela dupla. Foto: Universal/Divulgação

Intérpretes da música mais tocada nos caraoquês do Brasil, considerada por muitos o "hino nacional da dor de cotovelo"antes mesmo da explosão da sofrência como estilo musical, Chitãozinho & Xororó remodelaram a turnê nacional Evidências e lançam, acompanhados de importantes cantoras da música brasileira, o CD e DVD Elas em evidências. Simone & Simaria, Maiara & Maraisa, Anavitória, Ana Clara, Tânia Mara, Marília Mendonça, Bruna Viola, Kell Smith, Alcione e Paula Fernandes são exemplos de uma rica e pulsante gama de vozes, de diferentes gerações, que, por muito tempo, foi eclipsada dos holofotes da música nacional.

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Com 27 músicas, o repertório do álbum - também no streaming - tem canções inéditas e sucessos que marcaram da carreira, como Nuvem de lágrimas, Sinônimos, A majestade e o sabiá, Fio de cabelo, Evidências (de José Augusto e Paulo Sério Valle), mais associadas ao "sertanejo caipira".

Chitãozinho conta que a proposta surgiu dos encontros de bastidores. Com algumas das cantoras, havia um flerte antigo, como foi o caso de Alcione. Com outras, quiseram trazer à tona novos talentos, que, apesar de traçar caminhos distintos, dialogam com a veia artística da dupla. "Nós conhecemos os trabalhos da Kell Smith e da Anavitória na internet. E vimos que o que fazem tem muito de música caipira que nos inspirou lá no início de nossas carreiras", conta o artista.

Para ele, o espaço alcançado pelas mulheres na música nos últimos anos, explícito no amplo sucesso comercial e de público de nomes como Paula Fernandes e, mais recentemente, Simone e Simaria e Marília Mendonça, é reconhecimento tardio que vem para preencher uma "brecha" na música nacional, em especial o sertanejo. "Fazia muita falta mesmo dentro do nosso segmento", afirma. 

Três perguntas para Chitãozinho // cantor 

O sertanejo sempre foi espaço dominado por homens. Acha que vem mudando nos últimos anos?
Sim, e essa é uma coisa que há muito tempo estava precisando ocorrer. Elas são muitos bem-vindas, porque era uma brecha que estava faltando preencher na música. Fazia muita falta mesmo. Este trabalho com as mulheres foi uma homenagem que propomos pelo fato de que elas estão em evidência agora na música.

Vocês são pioneiros do sertanejo a alcançar o sucesso nacional e mantêm relação próxima com as novas gerações. Como a troca contribui para a propagação do gênero?
Acho que não é só do gênero, é coisa da música brasileira. Todo mundo que tem carreira já consolidada tem que abrir as portas para quem está começando. Isso é muito comum nos EUA, por exemplo. Eu me lembro quando eu conheci o Michel Teló, nós trouxemos ele para São Paulo e ele se tornou esse fenômeno. O Sorocaba trouxe o Luan Santana. Não dar continuidade a isso é de uma mentalidade muito antiga, que infelizmente ainda perdura.

Como vocês têm acompanhado o resgate do hit Evidências, nos últimos anos, através das redes sociais?
Essa música, para nós, é um fenômeno. Ela não é uma música chiclete e tem uma harmonia difícil, mas explode no refrão. E isso, com a revolução das tecnologias, fez com que ela viralizasse. A gente tem se divertido muito com essa repercussão e com os memes. Eu fico rindo com as montagens.
 
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