Tributo
CCXP: 'Claro que sou nerd', diz Fernanda Montenegro durante homenagem
'Um país sem respeito à cultura nunca chega a ser uma nação', declarou a atriz, ovacionada pela plateia
Por: Adriana Izel - Correio Web
Publicado em: 08/12/2017 18:07 Atualizado em: 08/12/2017 20:09
Ícone do teatro e da TV brasileiros Foto: Fabio Rocha/Gshow |
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Ao subir ao palco, bastante aplaudida, Fernanda, que já ganhou um Emmy internacional e foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, se mostrou surpresa: "Um momento como esse na minha vida... Eu não esperava". A atriz ainda emendou um discurso sobre a valorização da arte. "É vital fazer arte no Brasil de hoje. É vital que a cultura no Brasil seja valorizada e respeitada. Um país sem respeito a cultura nunca chega a ser uma nação. Qualquer movimento numa vida é um ato de arte", define.
"Eu não cheguei aqui sozinha. Ninguém chega a lugar nenhum sozinho. Levem isso para as suas vidas", aconselhou. Fernanda Montenegrou lembrou que, ao longo da carreira, se dedicou à televisão, ao cinema e ao teatro. Ela contou que subiu ao palco pela primeira vez aos 6 anos para interpretar um sargento homem com apenas quatro falas. Aos 15, inscreveu-se no curso de rádio-ator da rádio do Ministério da Cultura. Na infância, esteve diversas vezes nas salas de cinema. Tudo isso a tornou atriz: "Um dia, eu estou aqui".
Atualmente na trama O outro lado do paraíso, de Walcyr Carrasco, ela exaltou a presença do elenco, que, nas falas dela, "soma mais de 500 anos", formado por ela, Laura Cardoso, Lima Duarte e Nathalia Timberg. "Walcyr teve coragem de fazer uma novela em que todas idades estão presentes. E que os velhos não têm uma inoperância. Estamos inteiros e em ótimos papéis, graças à sensibilidade de um autor como o Walcyr", afirmou.
Sobre o passado nerd, a carioca lembrou que nos anos 1930 ia até as bancas em buscas dos suplementos juvenis, que ela chamou de a pré-história dos quadrinhos. Ao ser questionada sobre se é nerd, Fernanda não hesitou: "Claro, tenho formação em história em quadrinhos. Eu li Flash Gordon, O Fantasma, [Dick] Tracy, O príncipe submarino, Jeca Tatu. Eu ia ao jornaleiro e pedia: 'Já saiu o suplemento juvenil?', era como a gente chamava na época. Anos 30", lembrou.
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