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Televisão 'Estranham quando uma mulher é sem frescura', diz a Maga do Agora é Hora Substituta de Ni do Badoque teve salto de 60 mil para 110 mil seguidores desde a estreia na televisão

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

Publicado em: 04/12/2017 20:39 Atualizado em: 04/12/2017 20:22

Amanda Neves estreou em setembro no programa. Foto: TV Clube/Divulgação
Amanda Neves estreou em setembro no programa. Foto: TV Clube/Divulgação

A veia cômica sempre acompanhou a humorista pernambucana Amanda Neves, de 27 anos. No início, era só um hábito conhecido por amigos e familiares. Depois, começou a amadurecer a ideia de profissionalizar o dom. Formada em direito, ela adiou os planos na advocacia para a realização de um sonho. Há três anos, criou o canal de humor Beijo da Maga, no YouTube. Há dois meses, integra o time do Agora é hora, programa diário comandado por Flávio Barra na TV Clube. "Sempre tive o humor no meu dia a dia. Percebi que isso poderia ser mais que um hobby e, sim, profissão", diz ao Viver.

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A aparição na TV atraiu novos seguidores. Só no Instagram, a humorista teve salto de 60 mil para 110 mil seguidores desde que se tornou presença fixa no programa. "Sempre tive vontade de fazer televisão, mas nunca tinham me chamado para ser fixa. Só participações". Amanda fez colaborações para o canal Putz Véi, apresentou a peça Estresse no call center e, atualmente, escreve texto para um stand up comedy, que deve estrear em 2018.

>> Entrevista 

Você começou na internet. Sentiu diferença de se comunicar com o público de televisão?
Eu senti um pouco. Na internet, o pessoal que me seguia é mais jovem, mais criança. Na TV, é um público mais velho. Não mudei meu estilo de humor, só me adaptei. Também nunca tinha feito nada no estilo reportagem. Agora já entendo mais e sei distinguir o que vai ser bom para o YouTube e o que vai ser bom para a televisão. Na internet, a pessoa se envolve mais. Se bem que, na TV, isso também acontece. Para os dois meios, é uma linguagem diferente.

Você entrou no Agora é hora, um programa que tinha os personagens já conhecidos  e com público fiel. Foi um desafio?
Foi muito difícil. As pessoas até hoje não entendem muito. Eu vou entrar assim. Muita gente achou que era minha culpa. Foi difícil a aceitação desse público. Eles sentiram. Mas, graças a Deus, já estão me aceitando mais. Curtindo. Está crescendo de forma que nem eu imaginava.

Como tem sido a experiência?
Estou adorando. Tem gente de todo lugar do mundo falando comigo. Todas as minhas redes sociais estão crescendo. Essas matérias externas têm me trazido um retorno alto. Gosto mais de ficar na rua.

Você sente preconceito por ser uma comediante mulher?
Sofro, sim, com certeza. As pessoas estranham quando uma mulher é sem frescura, faz humor e não liga para tirar onda consigo mesma. O que ajuda a mulher humorista a crescer é justamente isso: não ter pudor para rir de si mesma. Para uma mulher fazer humor, tem que ser sem frescura, tirar onda mesmo, talvez até se colocar para baixo. Para não tirar onda com os outros e parecer ser meio fútil. E tem gente que pensa que é uma falta de classe da mulher. Porque ela tem que ser isso e aquilo. Às vezes, é o diferencial que mais ajuda que atrapalha.

E a experiência no teatro?
Bom, eu nunca fiz curso. Já participei de festival estudantil e ganhei prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante. Participei desse ano com o Estresse call center. Só fiz uma apresentação, mas foi bem legal. Espero voltar com essa peça no próximo ano. Estou criando texto de stand-up comedy.

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