Televisão Pernambucano do Doutores da Alegria descreve papel em Malhação como 'experiência linda' Luciano Pontes estreou na televisão na novela global

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

Publicado em: 22/11/2017 08:12 Atualizado em: 22/11/2017 08:37

Luciano Pontes interpretou Cícero na novela. Foto: Globo/Divulgação
Luciano Pontes interpretou Cícero na novela. Foto: Globo/Divulgação

 Cada vez mais, os talentos pernambucanos ocupam espaço na televisão. Com carreira de 25 anos no teatro, o estreante da vez é Luciano Pontes, 43, ator, escritor, contador de histórias, ilustrador e palhaço no Doutores da Alegria. Na semana passada, ele fez participação comovente em Malhação, como o personagem Cícero, pai de Benê (Daphne Bozaski), que a abandonou devido ao autismo. Quando volta, após longo período, o personagem, também de Pernambuco, decide pedir o divórcio à esposa, Josefina (Aline Fanju). "Foi uma experiência linda. Minha primeira vez na TV e foi um batizado lindo. Não sei se o personagem voltará", descreveu.

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O ator só havia feito trabalhos publicitários na telinha. O convite surgiu após teste no Recife. "Como o personagem é do Recife, havia a confluência de sotaques", diz. Luciano se junta a atores com longa experiência no teatro que têm se lançado na televisão, como Arílson Lopes, atualmente na minissérie 13 dias longe do sol (disponível no Globo Play), que também conta com Pedro Wagner, revelado na série Justiça (2016).

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Como foi atuar em Malhação?
Eu fiz o pai da Benê, sobre quem eles tinham comentado. É o retorno do pai que havia abandonado a família por conta do grau de autismo da filha. Ele não conseguia conviver com a doença. Existem casos assim na vida real. Muitos pais abandonam por conta disso. O retorno dele rendeu muitas emoções. Uma das cenas da semana foi mais forte. Benê entregou uma caixa com todos os presentes do Dia dos Pais. Foi muito especial. O elenco estava com muita expectativa sobre quem viveria esse pai. Fui muito bem acolhido. As cenas foram bem trabalhadas, e a preparação de elenco foi incrível. Aline Fanju, Davi Souza e Daphne Bozaski foram ótimos. Acabaram as cenas, e a gente se debulhava em lágrimas. Havia uma cumplicidade no jogo na relação muito forte.

Do ano passado para cá, atores do estado com longa experiência no teatro ganharam papéis na TV. É um bom momento no meio?
Todo ano eles fazem um mapeamento aqui no Recife. Acho que é um espaço que deve ser garantido, que haja a possibilidade de diálogo e democracia. Se todo mundo investe, tem vários artistas ao redor do Brasil, é bacana que isso aconteça. Só não acho que seja uma imposição de fato. Não acho que tem que ser calculada a partir de um regionalismo. Temos exemplos incríveis de outros atores nordestinos, que estão ocupando esses espaços. Recife sempre foi um lugar de potência de bons atores de teatro, porque a gente não tem a escola de televisão. É um caminho para olhar a diversidade de sotaque. Eu vejo de maneira muito feliz porque é uma oportunidade de dialogar.

Como foi seu começo no teatro em Pernambuco?
No teatro, eu comecei como bilheteiro. Depois fiz cenário, figurino, manipulei boneco. Só vim começar a atuar depois de um tempo. Minha escola foi a companhia Mamulengo Só-riso. Também estou na companhia Meias Palavras, e a gente fez temporada esse ano em São Paulo. A gente tem dois espetáculos: Seu rei mandou e As travessuras de Mané Gostoso. No Doutores da Alegria, eu estou há 15 anos. Ser palhaço é um treinamento para a vida toda. São mais de 25 de carreira. Já fiz muita coisa.

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