Artes cênicas Cacau Protásio vem ao Recife pela primeira vez com 'Deu a louca na Branca' Atriz é protagonista de espetáculo que coloca o personagem icônico da Branca de Neve como mulher negra

Por: Isabelle Barros

Publicado em: 10/11/2017 13:40 Atualizado em:

Dseventuras da protagonista do espetáculo são contadas com humor por Cacau Protásio. Crédito: Janderson Pires/Divulgação
Dseventuras da protagonista do espetáculo são contadas com humor por Cacau Protásio. Crédito: Janderson Pires/Divulgação

A atriz Cacau Protásio chega ao Recife com o espetáculo Deu a louca na Branca, que propõe uma história alternativa para a Branca de Neve. No monólogo, a personagem Sebastiana, negra e fora dos padrões de beleza, revela que ela sim é a verdadeira personagem imortalizada por Walt Disney. A peça, escrita por Cacau Hygino e dirigida por Regiana Antonini, tem sessões nesta sexta e sábado, sempre às 21h, no Teatro RioMar.

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A mocinha decide contar sua história e suas origens, desde a infância em Bangu, no subúrbio do Rio de Janeiro, passando pelo relacionamento com o pai, com a madrasta, com quem teve uma convivência difícil, e sua chegada à Disney, além de todos os namorados que teve. “Também digo que não eram sete anões, mas oito. Só quem for ao espetáculo vai saber o que aconteceu”, revela a atriz.

Sebastiana se revolta com seu criador por ser chamada e reconhecida como branca, embora seja negra. O enredo também toma a liberdade de dar um final diferente aos inseparáveis anões da Branca de Neve. Sua relação com as outras heroínas femininas do universo dos contos de fadas também é assunto de seu desabafo. “Ela foi a primeira princesa, então não aceita muito bem as outras”.

Esta é a primeira vez que Cacau, também intérprete de Terezinha no seriado Vai que cola, vem ao Recife com um espetáculo. No monólogo, além de contracenar diretamente com o público, também dialoga com vozes em off de atores e amigos, como Marcus Majella, Rodrigo Fagundes e Caike Luna, que interpretam desde o espelho da Branca de Neve até o príncipe.

TRÊS PERGUNTAS // CACAU PROTÁSIO

A peça se preocupa em passar algum tipo específico de mensagem?
Eu não levanto bandeiras no espetáculo. Queremos chamar a atenção mais pelo humor, pelo lúdico. Apresentar as situações dessa forma é um grande “se liga” e as pessoas naturalmente passam a pensar sobre isso. O humor chama a atenção e comunica tudo, seja para falar de coisas boas ou ruins. Se você quer falar do bullying, do preconceito, ele é uma arma.

Como você avalia a presença de atores negros no teatro brasileiro?
Eu sempre fui muito bem recebida desde que comecei a atuar. Não senti dificuldades, mas outros atores abriram as portas para mim, como Milton Gonçalves.

O que você esperava da peça durante o processo de criação?
Quando comecei, meus amigos disseram que era risada garantida. Hesitei um pouco, mas agora, ainda bem, vejo que é risada do início ao fim. Quanto mais vou fazendo, mais me convenço disso. Gosto de deixar claro que não é um espetáculo infantil, apesar de ter a Branca de Neve e toda essa fofura associada a ela. Coloco muitas coisas no texto, falo besteira, muita gente da plateia quer interagir.

SERVIÇO
Deu a Louca na Branca, com Cacau Protásio
Quando: 10 e 11 de novembro, às 21h
Onde: Teatro RioMar (Shopping RioMar - Avenida República do Líbano, 251, 4º piso, Pina)
Ingresso: R$ 100 e R$ 50 (meia) para a plateia baixa, R$ 80 e R$ 40 (meia) para a plateia alta e R$ 70 e R$ 35 (meia) para o balcão.
Ingressos: 4003-1212



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