Música
Quem são as cantoras que animam as baladas recifenses
Encorajadas pela projeção de artistas nacionais, vozes femininas dominam a agenda de shows da capital pernambucana
Por: Marina Simões - Diario de Pernambuco
Publicado em: 21/10/2017 11:00 Atualizado em: 20/10/2017 21:37
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| Músicas próprias e sucessos de cantoras famosas formam o repertório delas. Montagem: Divulgação/Arquistas |
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Apontada como a primeira dupla sertaneja feminina do Recife, Kelly & Flávia Reis foi formada há 10 meses. Elas são a principal atração da agenda do Texas Bar aos sábados. As duas começaram fazendo dois shows por mês e, hoje, já cumprem de 18 a 20 apresentações. A parceria entre elas teve início bem antes, quando eram vocalistas da Orquestra Fascinação e se apresentavam em casas como Rose Beltrão, Casa Rosada e Blue Angel. "Nos bailes de formaturas e casamentos, tivemos a oportunidade de abrir shows de Wesley Safadão, Aviões, Jonas Esticado, Banda Eva e Babado Novo. Isso nos deu ainda mais segurança", explica Kelly Silva, de 36 anos. "O nosso repertório era amplo e eclético. Tivemos que adaptar os arranjos para o sertanejo, dando a nossa cara ao projeto", conta Flávia. As músicas do primeiro EP são Dez minutos, O risco, Fase de solteira e Consciência, todas de autoria de Marquinhos Maraial, compositor, produtor musical pernambucano responsável por hits da banda Calypso.
Segundo os produtores locais, elas atraem o público com repertório composto por hits do momento nas casas noturnas Monteiro Music, Autobar, Seu Regueira, Cachaçaria Tradição, Winner Pub, Liverpool, Villarena, UK Pub, Alphaiate - que concentram as atrações semanais da cidade. "Elas têm potencial para atrapalhar bastante os meninos. Se tiver banda e repertório bons será um atrativo para o produtor de evento fazer a contratação", aponta o produtor Gustavo Campelo, do Monteiro Music Bar. "Elas vieram com força. Chamam a atenção pelo carisma e pela forma como interagem e cativam", observa David Marx, gerente do Texas Bar.
Com mais de dez anos de carreira, Silvana Salazar sentiu a agenda esticar com o recente fenômeno feminino. "Acho que é fruto de um árduo comprometimento de longas gerações. As mulheres, merecidamente, vêm se firmando competentes e, na música, a ascensão da voz feminina em âmbito nacional deu esse gás", comenta Silvana, que fecha 30 apresentações mensais entre festas privadas e boates recifenses. Aproveitando o melhor momento, a cantora Nanara Belo, 24 anos, nascida em Arcoverde, passou a assinar o nome artístico e é acompanhada pela banda Forró Santa Dose. Hoje, ela faz de 12 a 15 show mensais e quer ampliar a agenda para Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Alagoas. "O forró ainda tem mais homens na frente das bandas. Mas esse projeto já nasceu para ter uma mulher. Outras artistas estão se destacando e abrindo as portas para a gente", comemora Nanara. A cantora Rayssa Bacelar, com passagens nas bandas Anjo Azul e Santroppê, também investiu em trabalho solo há cinco meses. A cantora de 23 anos lançou o primeiro disco com 17 faixas e a música de trabalho Namorando por beleza.
Adepta do forrónejo, a cantora Tatah Santana, de 22 anos, nascida em Aracaju, escolheu o Recife para impulsionar o projeto solo. Há dois anos trabalhando na cidade, ela marca presença em festas e boates, mas mira em shows de grande porte. Com mais de 50 mil seguidores no Instagram, a rede social é a principal ferramenta de divulgação, onde ela costuma postar vídeos caseiros tocando violão semanalmente. "Depois que as mulheres chegaram lá facilitou e deu mais liberdade. Podemos cantar de tudo e tomar cachaça. O Recife é como uma vitrine para o restante do Brasil. Danço, brinco e tiro onda no palco", conta.
+Quem são elas
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| Eventos corporativos e casamentos estão na agenda de Kelly & Flávia Reis. Foto: Facebook/Reprodução |
Silavana Salazar (@silvanasalazaroficial)
A música de trabalho é Vagabundo (Spotify). Alô DJ, eu não aguento (A garrafa secou), Perdeu já deu e Arruma um boy pra minha amiga são canções do DVD Mistura louca (2016), gravado em Porto de Galinhas. Com o bordão "Vai casar? Chama a Salazar", a artista faz a festa com show eclético e mistura irreverente.
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| A cantora Rayssa Bacelar de 24 anos é ex-vocalista das bandas Anjo Azul e Santroppê. Foto: Divulgação/Rayssa Bacellar |
Parceiras nos vocais de orquestra há oito anos, formaram dupla e apresentam repertório com hits de Marília Mendonça, Day e Lara, Naiara Azevedo, Simone e Simaria e outros. Com o bordão "Cola nas galegas", elas cumprem agenda em formaturas e casamentos e eventos corporativos.
Nanara Belo (@nanara.bello)
A arcoverdense cantou em orquestras de baile e fixou residência no Recife há 10 anos. O show é baseado no forró eletrônico e inclui blocos de funk, sertanejo e axé. As músicas de trabalho são Eu amo por nós dois, Whisky 12 e Bem demais. Nanara tem dois DVDs gravados - o último, registrado no São João de Caruaru, em 2016.
Tatah Santana (@tatahsantana)
Aos 22 anos a cantora investe na carreira solo com canções como Um litro é bom, dois é demais e Hoje eu quero a decisão (Diego Barão). O show é uma mistura de forró e sertanejo e traz hits do brega-funk recifense.
Rayssa Bacelar (@rayssabacellaroficial)
Ex-vocalista das bandas Anjo Azul e Santroppê, a cantora de 24 anos tem show baseado no forró com canções de Wesley Safadão, Márcia Fellipe, Aviões e outros. A apresentação também inclui bloco de vaquejada e brega das antigas.
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