Cinema
Produtora de filme pernambucano é quase atropelada e xingada durante filmagens
Motorista tentou furar bloqueio no Recife Antigo e agrediu profissional que orientava sobre as gravações
Por: Alef Pontes
Publicado em: 26/10/2017 16:42 Atualizado em: 26/10/2017 19:01
 | |
| Motorista tentou furar bloqueio e ameaçou produtora. Foto: Fellipe Torres/DP |
 |
Quer receber notícias sobre cultura via WhatsApp? Mande uma mensagem com seu nome para (81) 99113-8273 e se cadastre
Segundo a produtora Raquel Cordeiro, a equipe estava orientando motoristas e transeuntes a realizar o contorno pela Rua Dona Maria César (paralela da Mariz e Barros, onde estão sendo realizadas as gravações no Bairro do Recife), quando um dos motoristas tentou furar o bloqueio ameaçando atropelá-la, apesar da da sinalização e da utilização de cavaletes interditando a via.
"Expliquei que estávamos realizando uma gravação e que, por isso, seria necessário realizar o contorno. Tentei orientar ele a seguir pela paralela, mas o motorista insistiu, ameaçou me atropelar e começou a me xingar", narrou. No período em que a reportagem do Viver esteve no local, entrevistando a equipe de filmagens, outros três casos de desrespeito por parte de motoristas foram flagrados. A produção do filme explicou que a CTTU foi notificada sobre as filmagens e que agentes de trânsito acompanharam as gravações no período da manhã, mas não estavam no local durante o ocorrido.
Ainda na tarde desta quinta-feira, a equipe de filmagens segue para o bairro de Brasília Teimosa e, à noite, utiliza a Ponte da Boa Vista - mais conhecida como Ponte de Ferro -, no Bairro da Boa Vista, como locação. De acordo com o Consórcio Grande Recife, a interdição na Ponte da Boa Vista ocorrerá das 17h às 21h e três linhas de ônibus que passam pelo local terão itinerários alterados.
Durante este período, os ônibus 013 - Jardim Beira Rio (Pina), 104 - Circular (IMIP) e 311 - Bongi (Afogados) trafegarão pela Rua Doutor José Mariano, seguindo pela Rua da Aurora, Ponte Duarte Coelho, Rua do Sol e Rua Floriano Peixoto. Dúvidas e esclarecimentos podem ser solicitados por meio do telefone 0800-081-0158 e do WhatsApp 99488-3999.
Assista ao registro da agressão:
A morte habita o Recife
Produtor executivo do longa, Leo Mecchi explica que o enredo tem como inspiração os contos do escritor norte-americano Charles Bukowski. "Ele transpõe referências desse universo de Bukowski para o Recife atual, para apresentar a história de Raul, o protagonista do filme, através de três relações que ele teve", adianta Mecchi.
"A esposa que o abandona, uma mulher que ele conhece posteriormente e uma figura feminina que aparece para ele já morta. É uma história um tanto trágica, sobre regeneração e falecimento, essa mulher que aparece já morta, na mente do Raul, dialoga sobre o próprio estado de saúde do protagonista", comenta.
Primeiro longa do caruaruense Eduardo Morotó (Agreste adentro, Mar exílio, Quando morremos à noite, Eu nunca deveria ter voltado e Esses dias em que sou estrangeiro), que assina a direção e roteiro, A morte habita à noite marca seu retorno ao Estado após anos morando e trabalhando no Rio de Janeiro. Uma coprodução entre a Planno 9 e a Enquadramento Produções, de São Paulo, o filme tem incentivo do Funcultura.
Segundo a sinopse no filme, Raul, interpretado por Roney Vilela, é um alcoólatra de 50 anos que se afunda no vício após ser abandonado por Lígia e contrai tuberculose. Entre um trabalho e outro como faxineiro em uma peixaria, Raul se aproxima de Cássia, "a mulher mais triste que já conheceu". A produção conta ainda com Mariana Nunes, Rita Carelli e Pedro Gracindo no elenco.
Acompanhe o Viver no Facebook:
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL
MAIS LIDAS
ÚLTIMAS
