Televisão
Atriz da Netflix critica Globo por escalar mulher no papel de trans em A força do querer
Intérprete de Nomi em Sense8 fez declarações a site durante passagem pelo Brasil
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 05/10/2017 17:22 Atualizado em:
Jamie Clayton e Carol Duarte: interpretação e diversidade em cena. Fotos: Netflix/Globo/Divulgação |
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As críticas de Jamie Clayton surgem chanceladas pelo impacto na audiência provocado pela produção da Netflix, conectado desde o início a bandeiras em defesa da diversidade de gênero. A trama das irmãs Lilly e Lana Wachowsky - as duas transgêneros - fez da liberdade sexual elemento da própria série ao permitir a troca de afetos e carícias entre os personagens mesmo à distância. Jamie interpreta a hacker Nomi, um dos alvos de uma organização criminosa multinacional.
A atriz elogiou a decisão da emissora brasileira de abordar o assunto na televisão, mas creditou parte do sucesso à maior tolerância da audiência com o sexo feminino. "Os trans homens têm menos representatividade que as mulheres", observou ao site.
Clayton elogiou ainda a atração da Globo por selecionar a atriz trans Maria Clara Spinelli para o papel de uma mulher cisgênero, Mira. "Isso é ainda melhor. Ter uma atriz que se identifica como trans na vida real e vive um personagem que não é trans, é a direção na qual precisamos ir", comentou. "Atuação é isso! Deixa a gente interpretar esses papéis, deixa a gente interpretar tudo!", finalizou a atriz.
Com cenas gravadas também no Brasil, durante a Parada da Diversidade de São Paulo, Sense8 foi extinta pouco depois da segunda temporada. O apelo dos fãs pelo retorno do seriado levou a Netflix a programar um filme de despedida com duas horas de duração. A justificativa utilizada pela empresa para interromper a série foram os altos custos de gravação - multiétnico e multicultural, a produção exigia locações em continentes distintos.
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