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Protesto Artistas criticam mudanças nas definições de trabalho escravo: 'Michel Temer chegou ao limite' Personalidades apontam a portaria do Ministério Público uma 'tentativa de salvar o mandato' do presidente

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 18/10/2017 19:49 Atualizado em: 18/10/2017 21:26

Caetano Veloso, Wagner Moura e Alinne Moares foram algumas das celebridades que criticaram o Ministério do Trabalho. Foto: Instagram/Reprodução
Caetano Veloso, Wagner Moura e Alinne Moares foram algumas das celebridades que criticaram o Ministério do Trabalho. Foto: Instagram/Reprodução

Diversos artistas usaram de suas redes sociais para criticar a mudança de regras no combate ao trabalho escravo no Brasil. A reação de nomes Caetano Veloso, Wagner Moura e Alinne Moares é fruto de uma ação do Ministério do Trabalho que edita a Portaria 1129, dificultando a fiscalização e punição de empregadores que submetam seus funcionários a condições degradantes e jornadas exaustivas de trabalho. 

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Mariana Lima, Fernanda Abreu, Alessandra Negrini, Marina Person, Frejat e Xico Sá foram outras personalidades que apontaram a medida como negativa. Alguns deles viram a portaria como uma tentativa do presidente da república Michel Temer garantir o apoio dos deputados para manter seu mandato. "Na tentativa de salvar o mandato e não ser investigado pelos crimes de corrupção, o presidente @micheltemer chegou ao limite. Depois de limpar o caixa para pagar emendas parlamentares, agora Temer flexibilizou as regras para combate ao trabalho escravo. [...] Não podemos aceitar isso", diz o texto publicado por parte dos artistas.

As postagens integram a ação 342agora, criada pela classe artística para pressionar a investigação sobre o presidente. Em vídeo, o ator Wagner Moura disse que a medida é "gravíssima". "Nós tínhamos umas das definições de trabalho escravo mais modernas do mundo, isso está sendo destruído pelo governo Temer sob pressão da bancada ruralista, que sempre votou para salvá-lo", argumentou o artista. O jornalista e escritor Xico Sá escreveu em seu Twitter que a situação é um "crime contra a humanidade": "Trocar votos no Congresso pela licença ao trabalho escravo é caso pra ser levado à corte internacional".

Confira as publicações:

Wagner Moura também comentou sobre a decisão absurda de Temer flexibilizar o combate ao trabalho escravo agradando assim toda a bancada ruralista. pic.twitter.com/Jw87pwYxSV

— David Miranda (@davidmirandario) 18 de outubro de 2017

Por favor. Leiam com atenção . No final@, segue um outro depoimento , da Benedita. Isso está acontecendo agora. Vamos reagir, vamos atuar , vamos gritar, nos unir e refazer esse país . Na tentativa de salvar o mandato e não ser investigado pelos crimes de corrupção, o presidente @micheltemer chegou ao limite. Depois de limpar o caixa para pagar emendas parlamentares, agora Temer flexibilizou as regras para combate ao trabalho escravo. É isso mesmo! Para garantir votos de deputados a seu favor, vale tudo, inclusive permitir a escravidão. Não podemos aceitar isso! O #342agora retoma sua mobilização para denunciar esses absurdos e exigir o imediato afastamento e investigação de Temer. #342agora #TrabalhoEscravoNão #ForaTemer #Xôvampirão #MichelTemer %uD83D%uDC49%uD83C%uDFFD%uD83E%uDD87. A antiga Casa do Povo, a Câmara dos Deputados, que já foi palco de uma Constituinte, de manifestações democráticas da mais alta importância, de audiências públicas com movimentos sociais, com entidades da sociedade civil, faz tempo se tornou a Casa do dinheiro, da violência, do ódio às minorias, do abuso de autoridade, da retirada de direitos, do desmonte de políticas sociais. Hoje, mais uma vez, dia 18 de novembro de 2017, grupos indígenas vieram à Câmara dos Deputados e, como de praxe, faz alguns anos, não são bem-vindos, são mal recebidos, são objeto de desprezo, mas principalmente, como hoje, de violência. Homens e mulheres, manifestando-se e querendo ser ouvidos, querendo ser recebidos na Casa dos brasileiros, são violentamente reprimidos, sobre eles lançam bombas de gás, tiros são ouvidos a quilômetros, são perseguidos, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) é chamado e, rapidamente, temos quase uma dezena de carros para ‘combater’ algumas dezenas de indígenas. É uma vergonha. É a cara do Brasil do Golpe, do latifúndio, da bancada da bala, dos fundamentalistas e fascistas, unidos contra as minorias, contra os mais pobres. https://twitter.com/ibrandao/status/920649912857096194 https://twitter.com/radiobandnews…/status/920647377731686401

Uma publicação compartilhada por Mariana Lima (@marianalima1972) em Out 18, 2017 às 10:36 PDT

Trocar votos no Congresso pela licença ao trabalho escravo é caso pra ser levado a corte internacional. Crime contra a humanidade

— xico sá (@xicosa) 17 de outubro de 2017

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