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Cinema Abusos sexuais que derrubaram chefe do Uber viram filme Regime sexista da empresa denunciado por funcionária inspira longa com roteiro de indicada ao Oscar

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 23/10/2017 17:41 Atualizado em:

CEO da empresa renunciou com dimensão dos casos de assédio sexual. Foto: Uber/Reprodução
CEO da empresa renunciou com dimensão dos casos de assédio sexual. Foto: Uber/Reprodução


Casos de abuso sexual ocorridos dentro da empresa Uber e denunciados por uma das funcionárias serão contados em filme com roteiro assinado por Allison Schroeder, do longa-metragem indicado a três categorias do Oscar Estrelas além do tempo (Hidden figures, no original em inglês). A produção será inspirada na história real da engenheira Susan Flower, vítima de uma suposta política sexista tornada pública em fevereiro de 2017. Ela desenvolve a obra em parceria com a Good Universe.

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O assédio denunciado por Susan no texto Reflecting on one very, very strange year at Uber (Reflexões sobre um ano muito, muito estranho no Uber, em português) desencadeou procedimentos investigativos dentro da empresa e levaram à renúncia do CEO Travis Kalanick. A ex-funcionária responsabilizou o tratamento abusivo (e o próprio caos da organização) pelo decréscimo do número de mulheres empregadas no serviço.

"Quando eu entrei no Uber, a organização tinha 25% do quadro preenchido por mulheres. Com o tempo, eu tentava transferência para outra organização, e esse número caiu para 6%. Mulheres estavam se transferindo para outros lugares ou tentando iniciar o processo. Havia duas razões para isso: o caos da organização e o sexismo", escreveu.

O relato público de Susan incluiu a narração de uma abordagem sexual feita pelo chefe imediato dela. A investida teria ocorrido logo nas primeiras semanas de treinamento, através de um "convite" para sexo. "Ele estava em um relacionamento aberto, e a namorada estava conseguindo parceiros com facilidade para transar. Ele, não. Ficou claro que ele estava querendo transar comigo", contou. A funcionária decidiu levar o caso ao conhecimento dos recursos humanos, mas a empresa se limitou a repreender o gestor porque a ficha dele "era impecável".

Em junho deste ano, o CEO da empresa, Travis Kalanick foi pressionado a renunciar ao cargo depois de a Uber ser acusada de fazer vista grossa aos casos recorrentes de abuso sexual ocorridos dentro da empresa.

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