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Televisão 'A palavra que descreve meu sentimento é decepção', diz Ni do Badoque sobre saída do Agora é Hora O humorista começou na internet, mas a inserção na TV aumentou o público

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 15/10/2017 16:05 Atualizado em: 15/10/2017 19:05

Ni do Badoque integra a equipe do Interativo, na TV Jornal. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press
Ni do Badoque integra a equipe do Interativo, na TV Jornal. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

 Ni do Badoque nem sabia o que era um canal no YouTube quando começou a produzir vídeos na plataforma. O desconhecimento, no entanto, não atrapalhou o sonho do humorista de se projetar e se tornar "famoso". Ele queria a popularidade e, ao menos entre a audiência pernambucana, conseguiu. A popularidade dos vídeos chamou a atenção até de programas nacionais, como a atração apresentada por Eliana, no SBT. Ele foi convidado para a equipe do Agora é hora, apresentado por Flávio Barra na TV Clube, mas já não faz parte do quadro da emissora. Procurado pelo Viver, o canal não quis comentar.

Página virada, Ni do Badoque agora integra o time do programa Interativo, na TV Jornal. Ni encara a mudança como renovação. De acordo com ele, a participação será parecido com o trabalho desempenhado no Agora é hora, mas com diferenças. Para ele, a entrada na TV diversificou o público que o acompanhava. "As crianças me adotaram de um jeito que me sinto a Xuxa de Pernambuco", comemora.

Entrevista // Ni do Badoque

O que mudou na sua vida após trabalhar na televisão?
Antes, eu era da internet e fazia vários vídeos por lá. Fui um dos pioneiros daqui em Pernambuco. Antes da TV, ganhei um prêmio no Pânico, da Band. Não sabia que o público da internet era diferente da televisão. Meu público se expandiu, cresceu imensamente, quando cheguei à TV. A internet demora mais a chegar nas pessoas. A TV, as pessoas estão vendo ao vivo. Achei tudo mais rápido. Na internet, é um público mais jovem. Na TV, tem mais idoso, muita criança.

Como você lida com o assédio do público pessoalmente e online?
O assédio do público é maravilhoso. As pessoas sentem uma paixão tão grande por mim que fico lisonjeado de receber tanto carinho. Quando chego em uma comunidade, como no Coque, por exemplo, o povo sai correndo. É uma confusão. Todo mundo querendo uma foto, um abraço ou até autógrafo. Tem pessoas que gostam de mim por gostar. O que posso dar a elas é animação, alegria. Quando a pessoa ganha fama, ganha sucesso, ela nunca pode reclamar. Eu nunca vou falar mal de nada. Eu quero é mais. O importante é mais. 

Qual é a importância de conciliar a TV e a internet?
A internet é a TV do futuro. As duas vão andar juntas. É importante já pensar no futuro. E, por isso, fui chamado para o Agora é hora. Eu era uma potência e uma força na internet quando fui chamado. E, depois que entrei na TV, só fiz conciliar as duas coisas. É muito importante os dois andarem juntos.

Como se sente fora do Agora é hora?
A única coisa que vou falar é “decepção”. É a palavra que descreve meu sentimento fora do programa. Eu me surpreendi muito com o apoio das pessoas. Passei dois dias muito mal. O telefone da minha família não parava de tocar. Eu recebi milhões de mensagens me mandando apoio. 

Qual é a expectativa para o começo na TV Jornal?
Quero que seja uma fase de renovação e descoberta. A minha participação será especial no Interativo. Vou ter matéria de rua, ao vivo. Vai ser semelhante ao que fazia antes, mas não vai ser igual. Vou viajar, vou para lugares distantes.


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