Streaming Star Trek da Netflix leva diversidade para o espaço Seriado chega ao catálogo do serviço de streaming com protagonista negra e primeiro personagem gay da franquia

Por: Breno Pessoa

Publicado em: 25/09/2017 16:17 Atualizado em:

Sonequa Martin-Green vive a primeira-oficial Michael Burnham, protagonista de Star Trek: Discovery. Foto: Netflix/Divulgação
Sonequa Martin-Green vive a primeira-oficial Michael Burnham, protagonista de Star Trek: Discovery. Foto: Netflix/Divulgação

Há mais de uma década a Frota Estelar não realizava suas missões de exploração pelos confins do universo. Depois de um período mantida nos cinemas, quadrinhos e outras mídias, a agência de pesquisa e diplomacia intergaláctica volta a aparecer no seu habitat natural, a televisão. Disponível no Brasil a partir desta segunda-feira (25) na Netflix, Star trek: Discovery chega com a promessa de renovar o interesse do público pela franquia, sem desagradar antigos fãs.

Quer receber notícias sobre cultura via WhatsApp? Mande uma mensagem com seu nome para (81) 99113-8273 e se cadastre


A temporada inaugural da série terá 15 episódios, sendo os oito primeiros exibidos às segundas-feiras, até o dia 6 de novembro. A leva restante de capítulos será liberada em janeiro de 2018. O programa é ambientado dez anos antes da chamada série clássica, exibida entre 1966 e 1969, estrelada por William Shatner (Kirk), Leonard Nimoy (Spock) e DeForest Kelley (McCoy). A julgar pelo material de divulgação, Discovery não deve funcionar como prelúdio direto da produção original, idealizada por Gene Roddenberry (1921-1991), mas trazer referências aos primórdios da atração.

A reverência a elementos consagrados não deve se limitar a aspectos da história ou personagens. A bandeira da diversidade, presente desde os primeiros episódios dos anos 1960, promete continuar hasteada. Algo inédito na atração, o programa terá como personagem principal uma mulher negra, a primeira-oficial Michael Burnham (Sonequa Martin-Green). Criada por Sarek (James Frain), pai de Spock, a humana é irmã adotiva do personagem jamais mencionada anteriormente.

Também é novidade o fato de a protagonista, diferentemente das encarnações anteriores da série, não ocupar o cargo mais elevado na hierarquia da nave onde se passa boa parte da trama. A função de capitão, aliás, é também ocupada por uma mulher, Philippa Georgiou (Michelle Yeoh). Discovery é também o debute do primeiro personagem declaradamente gay do universo televisivo de Star trek, o tenente Stamets (Anthony Rapp).

Diversidade
Etnicamente plural, a série original incluía personagem russo, Chekov (Walter Koenig), asiático, Sulu (George Takei) e uma negra, Uhura (Nichelle Nichols), esta última responsável por protagonizar, com William Shatner, o primeiro beijo interracial da TV norte-americana, em 1968. No futuro imaginado na série, os humanos haviam transcendido a violência e superado preconceitos. Mensagem particularmente marcante, considerado o período original de exibição, com a ameaça da Guerra Fria e os inúmeros casos de tensões raciais nos EUA.

Confira a cronologia da franquia:
A série clássica
(1966–1969)

A série animada
(1973–1974)

The next generation
(1987–1994)

Deep space nine
(1993–1999)

Voyager
(1995–2001)

Enterprise
(2001–2005)

Acompanhe o Viver no Facebook:



MAIS NOTÍCIAS DO CANAL