Música 'Se voltarmos, tem de ser com outra história', afirma guitarrista d'O Rappa antes de show de despedida Grupo carioca anunciou nova pausa na carreira e se apresenta nesta sexta em Olinda

Por: Alef Pontes

Publicado em: 29/09/2017 15:05 Atualizado em:

Show da banda é provavelmente o último em Pernambuco antes de se afastar dos palcos. Foto: Guto Costa/Divulgação
Show da banda é provavelmente o último em Pernambuco antes de se afastar dos palcos. Foto: Guto Costa/Divulgação

Com trajetória de 24 anos e uma intensa relação com o público pernambucano, O Rappa aporta nesta sexta-feira (29), no Classic Hall, para apresentar o show da turnê do recente DVD Acústico Oficina Brennand. A banda, que anunciou pausa nas atividades por tempo indeterminado, prevista para o início de 2018, promete se despedir com apresentação marcada por clássicos, em noite dividida com Nação Zumbi.

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Em entrevista ao Viver, o guitarrista Xandão Menezes comentou sobre o constante processo de renovação do grupo, seja em escolhas estéticas incomuns ou na reinvenção das próprias músicas: "Sempre digo que se tocarmos três vezes a mesma música em um show, ela sai com três arranjos diferentes. O Rappa nunca viveu na zona de conforto", afirma. O show traz o mesmo conceito acústico do DVD, reapresentando ao público músicas dos discos Nunca tem fim (2013) e Sete vezes (2008), com novos arranjos. O repertório terá Pescador de ilusões, Anjos (Pra quem tem fé), Na hora, Linha vermelha, entre outros sucessos da banda.

Entrevista // Xandão, guitarrista d'O Rappa

Como surgiu a utilização de instrumentos incomuns no DVD, como os tambores de aço e a guitarra de 12 cordas? Como isso diferencia os arranjos?
É uma característica nossa. Sempre buscamos novos elementos para as músicas. O bacana é que esse uso de novos instrumentos aguça a curiosidade do público, dá novos ares ao que eles consideram clássicos. Quanto aos arranjos, é algo muito natural e que vem desde a primeira vez que nos reunimos em um estúdio.

Nesses 24 anos, a banda manteve relação estreita com Pernambuco. Quais os momentos mais marcantes desse diálogo?
Difícil escolher. Para mim, a primeira vez que tocamos no Marco Zero foi algo inesquecível. Aquela quantidade imensa de pessoas cantando junto conosco, uma energia ímpar, mesmo após todos esses anos de carreira. Ver aquele verdadeiro mar de gente pulando do início ao fim é algo que mexe com a cabeça de qualquer um. Somos muito gratos por todo o carinho do público.

De que forma a pausa pode influenciar na carreira e na maturidade da banda? Na possibilidade de um retorno, os fãs podem esperar algo diferente?
É necessário respirar novos ares, fazer outras coisas. Acho que, se voltarmos, tem de ser com outra história, outro assunto. O Rappa nunca esteve na zona de conforto.

SERVIÇO O Rappa e Nação Zumbi

Quando: Sexta-feira (29), às 22h
Onde: Classic Hall (Avenida Agamenon Magalhães, s/n, Salgadinho, Olinda)
Quanto: R$ 140, R$ 90 (social + 1 kg de alimento), R$ 70 (meia)

Confira performance de Pescador de ilusões no Acústico Oficina Brennand:



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