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Televisão Filme desvenda a máquina de propaganda do Estado Islâmico contra 'infiéis' Documentário aponta como a organização fundamentalista dissemina mensagens pelo mundo

Por: Tiago Barbosa

Publicado em: 25/09/2017 07:55 Atualizado em: 24/09/2017 20:21

Organização extremista propaga mensagens e vídeos de atrocidades pela internet. Foto: WhatsApp/Reprodução
Organização extremista propaga mensagens e vídeos de atrocidades pela internet. Foto: WhatsApp/Reprodução


Nascido do esfarelamento do regime de Saddam Hussein no Iraque e da tormenta da guerra da Síria, na primeira década do século 20, o Estado Islâmico rapidamente se constituiu uma das principais ameaças à segurança internacional com ataques suicidas, assassinatos em massa e ações extremas tanto no Oriente Médio quanto em nações da Europa. Além das atrocidades perpetradas mundo afora, a facção terrorista se tornou reconhecível pelas decapitações gravadas em vídeo e disseminadas pela internet - atos bárbaros preparados engenhosamente para levar a assinatura de sangue dos extremistas, com carrascos mascarados, convocações religiosas e vítimas trajadas de laranja.

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As estratégias para dar publicidade aos atos violentos empreendidas pelos fanáticos são esmiuçadas no documentário Estado Islâmico: A máquina do terror, do prestigiado documentarista francês Alexis Marant, exibido nesta segunda-feira (25), às 23h10, no canal Discovery (TV por assinatura). O longa-metragem tenta detalhar toda a cadeia de comunicação instalada pelo grupo e dimensinar a capilaridade dos atos através da propaganda espalhada pela web e pelas redes sociais.

O cineasta ouviu integrantes do EI e especialistas em segurança internacional para entender o funcionamento e a ideologia da facção de extremistas. O documentário detecta uma estética própria dos vídeos, abastecida com referências da cultura pop internacional copiada de filmes, séries e games para gerar apelo e identificação além das fronteiras do Oriente Médio, berço do EI - a contradição entre negar a cultura ocidental e se valer dela para vitaminar a guerra contra os "infiéis" é retratada pelo filme de Alexis.

Um dos entrevistados chega a comparar a qualidade dos vídeos com a edição de um reality show em clara demonstração do poder de sedução do material para recrutar novos integrantes - sobretudo em solo internacional.

O alcance é indesprezível: relatório recém-divulgado por instituto britânico constatou a produção de cem novos vídeos por semana pelo grupo e elencou Turquia, Estados Unidos, Arábia Saudita, Iraque e Reino Unido - nessa ordem - como os cinco principais países consumidores.

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