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Artes cênicas Circo Imperial da China chega a Olinda e aposta em acrobacias para entreter o público Companhia apresentará, no Teatro Guararapes, doze números com artistas treinados desde a infância para terem força, agilidade e técnica

Por: Isabelle Barros

Publicado em: 22/09/2017 13:00 Atualizado em: 22/09/2017 14:58

Números de equilíbrio também fazem parte do espetáculo As aventuras dos guardiões dos unicórnios. Crédito: M. Coutinho/Divulgação
Números de equilíbrio também fazem parte do espetáculo As aventuras dos guardiões dos unicórnios. Crédito: M. Coutinho/Divulgação

A arte circense aplaca uma necessidade primordial do ser humano: a de se elevar da vida cotidiana e se sentir transportado para um momento único. O Circo Imperial da China, que se apresenta no Teatro Guararapes este fim de semana, é representante de uma linha que aposta, essencialmente, no virtuosismo de seus artistas para conseguir esse objetivo. A companhia chega à capital pernambucana com o show As aventuras dos guardiões dos unicórnios, aproveitando a aceitação desses seres mitológicos na cultura pop.

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Na segunda passagem do grupo pelo Recife, seus 79 acrobatas trazem, ao todo, 12 números para o espetáculo. A apresentação tem algumas particularidades com relação aos circos ocidentais. “Não há palhaços. O Circo Imperial da China não é um grupo circense comum. É um grupo tradicional chinês de arte acrobática. Temos uma série de números que envolvem contorcionismo, equilibrismo e tambem muita força e ação. Todos eles aliados a muita técnica”, define o diretor da companhia, George Kuo.

O treinamento dos artistas do Circo Imperial da China começa ainda na infância, entre os 6 e 12 anos, com raras exceções. Essas atividades duram, em média, dez anos. “Os acrobatas começam a se dedicar a treinos físicos ligados também a exercícios básicos, onde cada um vai demonstrar certa facilidade em diferentes movimentos e técnicas. Depois de anos de prática, passam aos palcos, onde vão se tornar verdadeiros artistas”.

O surgimento do Circo Imperial da China também veio na esteira das mudanças radicais ocorridas no século 20 em seu país de origem, especialmente com a Revolução Chinesa, em 1949, na qual o comunismo foi implantado.  “Antes de 1949 muitos artistas se apresentavam nas ruas das cidades chinesas. Tinham uma vida muito pobre e faziam isso para conseguir algum dinheiro. Após esse ano, o partido comunista chinês adotou uma nova política colocando todos esses artistas de rua juntos para formar trupes de acrobacias para que eles pudessem de alguma forma mudar suas vidas fazendo apresentações e levando o público até eles. A trupe de Hangzhou foi uma delas que veio a se formar já no ano de 1957”, recapitula George Huo.

Toda essa perícia faz parte de uma tradição muito arraigada na sociedade chinesa, na qual a escola de acrobacias é, literalmente, milenar. O treinamento e as habilidades foram, durante muitos séculos, passados de pai para filho. “A maior diferença entre o Circo Imperial da China e os poucos circos orientais  que existem é a tradição. A escola chinesa de acrobacias tem mais de 2700 anos de história. Depois de 1949 e a criação das trupes foi possível se tornar um acrobata mesmo sem ter vindo de uma familia de acrobatas e as escolas de treinamentos tambem ajudaram na popularização da arte nos dias modernos”.

SERVIÇO

As Aventuras dos Guardiões dos Unicórnios, do Circo Imperial da China
Quando: Amanhã, às 17h30 e 20h, e domingo, às 19h
Onde: Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco, s/n, Olinda
Ingressos: R$ 124 e R$ 62 (meia) para a plateia especial, R$ 104 e R$ 52 (meia) para a plateia e R$ 84 e R$ 42 (meia) para o balcão
Informações: 3182-8020



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