Política 'Brasil nunca chegou a ser uma ditadura', diz Zezé di Camargo 'O Brasil até podia pensar no militarismo para reorganizar a coisa e entregar de novo', disse ele

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 12/09/2017 07:50 Atualizado em: 12/09/2017 07:44

Cantor acredita que país passou na verdade por 'militarismo vigiado'. Foto: Globo/Reprodução
Cantor acredita que país passou na verdade por 'militarismo vigiado'. Foto: Globo/Reprodução
A política foi um dos temas centrais da entrevista de Zezé di Camargo à jornalista Leda Nagle, disponibilizada no YouTube nesta segunda-feira (11). Durante a conversa, o cantor sertanejo revelou acreditar que não houve ditadura militar no Brasil entre os anos de 1964 e 1985, mas um "militarismo vigiado". "Eu vou falar um absurdo aqui para você, as pessoas vão me criticar, jornalistas vão falar de mim, achar que sou um maluco. Muita gente confunde militarismo com ditadura, todo mundo fala ‘nós vivíamos numa ditadura’. Nós não vivíamos numa ditadura, nós vivíamos num militarismo vigiado", afirmou. 

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"Ditadura é a Venezuela, Cuba com Fidel Castro e até hoje vive, Hungria, Coreia do Norte, China, esses são realmente ditadores. O Chile com o Pinochet. A Argentina também viveu isso. O Brasil nunca chegou a ser uma ditadura daquelas que ou você está a favor ou você está morto", completou o artista de 55 anos. A ex-apresentadora da TV Brasil argumentou que muitas pessoas morreram, foram agredidas e censuradas durante o período, sendo rebatida por ele. 

"Mas não chegou a ser tão sangrenta, tão violenta, como a gente vive até hoje, no mundo de hoje. Não dá para acreditar que muita gente ainda acredita que uma ditadura vai dar certo. Não quero isso jamais, mas eu imagino que o Brasil hoje precisaria passar por uma depuração. O Brasil até podia pensar no militarismo para reorganizar a coisa e entregar de novo, limpamos essa corja e está aqui o Brasil democrático de novo, como queria. Acho que o Brasil precisava passar por uma depuração dessas", disse. 

Na entrevista, Zezé afirmou ser muito "politizado", tendo recebido convites para se candidatar, o que não se concretizou por falta de vocação. “Me considero um cara muito politizado. Não me imagino político, já tive convite para isso. Já conversei com alguns políticos e eles ficam impressionados com meus conhecimentos políticos do Brasil. Mas não tenho vocação. Eu quero ser politizado para exercer meu direito como cidadão", ponderou. 

Veja a entrevista: 

 

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