Crime Polícia diz que sabe quem pendurou fuzis em estátua de Michael Jackson Local é um ponto turístico do morro e, de acordo com a PM, ação está em andamento para prendê-los

Por: Agência Estado

Publicado em: 15/08/2017 11:15 Atualizado em: 15/08/2017 13:38

Os responsáveis pela violação do ponto turístico foram identificados, afirma a PM. Foto: Instagram/Reprodução
Os responsáveis pela violação do ponto turístico foram identificados, afirma a PM. Foto: Instagram/Reprodução

Inaugurada em 2010, a estátua em bronze do cantor Michael Jackson (1958-2009) instalada no Morro Dona Marta, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, recebeu um adorno pouco convencional: um fuzil, colocado pendurado em seu pescoço por traficantes da favela. O monumento está fixada no alto do morro, na laje onde Michael gravou parte do clipe They don't care about us, em 1996.  O local é um ponto turístico procurado por visitantes, brasileiros e estrangeiros, depois que recebeu a primeira das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) da capital, em 2008. A escultura foi inaugurada um ano depois que o rei do pop morreu.

Quer receber notícias sobre cultura via WhatsApp? Mande uma mensagem com seu nome para (81) 99113-8273 e se cadastre

A Polícia Militar identificou suspeitos de terem colocado o fuzil na obra, mas não quando isso foi feito. O Setor de Inteligência da UPP informou que alguns deles estão com mandado de prisão em aberto e que está sendo realizada uma ação para prendê-los. Os criminosos, segundo a PM, fazem parte da quadrilha de Marco Pollo Lima dos Santos, o Mãozinha, que estava foragido e foi preso por integrantes da UPP no último dia 27 de julho. "Cabe ressaltar que a foto possivelmente foi tirada no início da manhã, horário em que há maior movimento nas vielas, para evitar confronto com policiais da UPP", informou, em nota.

Desde que foi aberta, a UPP Dona Marta sempre foi considerada uma unidade modelo do sistema de aproximação da polícia e da população e de retirada de traficantes armados das ruas das comunidades. Mas a situação mudou, e os tiroteios e mortes voltaram. Prestes a fazer uma década, as UPPs hoje somam 38. O modelo vive uma crise, decorrente da insuficiência de PMs para o patrulhamento e do rombo financeiro nas contas do Estado. 

Essa falência das UPPs vem sendo evidenciada na volta dos embates entre policiais e traficantes e na falta de confiança dos moradores das favelas em relação aos policiais, acusados de abusos e de envolvimento em casos de corrupção. Para especialistas na área de segurança, o ponto de inflexão foi julho de 2013, quando do assassinato do auxiliar de pedreiro Amarildo de Souza. Ele foi sequestrado, torturado e morto por PMs da UPP da Rocinha favela onde morava. Doze PMs foram condenados pelos crimes de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual.

Acompanhe o Viver no Facebook: 



MAIS NOTÍCIAS DO CANAL