Cinema Em pré-estreia no Recife nesta segunda-feira, Corpo Elétrico mostra olhar sensível sobre relações poliamorosas Filme é o primeiro longa do mineiro Marcelo Caetano, que já colaborou em produções pernambucanas como Boi neon e Aquarius

Por: Breno Pessoa

Publicado em: 07/08/2017 14:00 Atualizado em: 07/08/2017 13:57

Filme retrata a não linearidade dos sentimentos. Foto: Vitrine Filmes/Divulgação
Filme retrata a não linearidade dos sentimentos. Foto: Vitrine Filmes/Divulgação

A fluidez dos sentimentos e sentidos guia os personagens de Corpo elétrico, primeiro longa do cineasta mineiro Marcelo Caetano, que tem pré-estreia nesta segunda-feira (7) no Cinema do Museu/Fundação (Av. Dezessete de Agosto, 2187, Casa Forte), às 19h. O lançamento terá presença do diretor e dos atores Kelner Macêdo, Lucas Andrade e Linn da Quebrada, que participam de debate após a projeção. Os ingressos custam R$ 14 e R$ 7 (meia).

Apesar da origem, Caetano tem ligação estreia com o cinema pernambucano. Foi assistente de direção e ator de Boi neon, de Gabriel Mascaro, produtor de elenco de Aquarius de Kleber Mendonça Filho, e diretor assistente de Tatuagem, de Hilton Lacerda, que também colabora como roterista de Corpo elétrico.

O filme, estreou nacionalmente domingo (6), no Cine Ceará, em Fortaleza, e entra em cartaz oficialmente nos cinemas no dia 17 de agosto. O protagonista é Elias (Kelner Macêdo), um jovem 23 anos com vida amorosa e sexual intensa. Com maior parte do dia dedicada ao trabalho em uma fábrica têxtil, ele aproveita parte considerável do tempo livre em encontros casuais e fletes com outros homens.

Ao contrário do que o senso comum costuma apregoar, a casualidade, frequência e variedade dos contatos de Elias e outros homens parece pautada pelo sentimento e, não apenas, pelo desejo lascivo. O sexo é imperativo, mas vem acompanhado do afeto ao longo de todo o tempo, seja nas relações com desconhecidos ou com pessoas já inseridas no seu círculo.

Seria fácil reduzir Corpo elétrico a uma sucessão de encontros sexuais intercalados por momentos prosaicos na linha de produção ou em confraternizações dos trabalhadores da empresa. Mas Marcelo Caetano se mostra interessado, na verdade, em falar sobre liberdade, sobre o não condicionamento do desejo e a concreta possibilidade de relações amorosas plurais.

Leve e sem preconceitos, Corpo elétrico é uma agradável jornada que não tem, necessariamente, início ou fim. Sem uma grande trama ou conflito, o filme entrelaça os encontros e passagens de Elias de forma tão orgânica e delicada quanto os corpos se encontram em tela.

* O repórter viajou a convite da organização do Cine Ceará

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