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Luto Morre a atriz e diretora francesa Jeanne Moreau Atriz trabalhou em mais de cem filmes, alguns deles dos principais diretores do cinema mundial

Publicado em: 31/07/2017 08:36 Atualizado em: 31/07/2017 11:43

Atriz fez parte da Nouvelle Vague e foi musa de diretores como Luis Buñuel. Foto: Facebook/Reprodução
Atriz fez parte da Nouvelle Vague e foi musa de diretores como Luis Buñuel. Foto: Facebook/Reprodução


A atriz e diretora Jeanne Moreau, considerada a grande dama do cinema francês, morreu nesta segunda-feira (31) aos 89 anos de idade, informou a imprensa francesa. A intérprete, que trabalhou com os maiores diretores da cinematografia francesa, como François Truffaut, Louis Malle e André Téchiné, foi encontrada morta em sua casa em Paris por sua empregada doméstica, segundo a revista Closer.

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Moreau, "a melhor atriz do mundo", segundo Orson Welles, é a primeira mulher acadêmica de Belas Artes na história da França, fez parte da Nouvelle Vague e foi musa de diretores como Luis Buñuel, com quem trabalhou em Diário de uma criada de quarto. "Essa tristeza não acabará nunca, mas a alegria de lembrá-la sempre estará conosco", escreveu no Twitter o Unifrance, organismo encarregado da promoção do cinema francês no exterior.

A protagonista de Uma mulher para dois (1962) e de A noiva estava de preto (1967), de Truffaut, teve ampla trajetória. Entre os filmes que fez, destacam-se também A noite (1962), de Michelangelo Antonioni, e Duas almas em suplício (1960), de Peter Brook, que lhe valeu o prêmio de melhor interpretação feminina em Cannes.

Nascida em 23 de janeiro de 1928, de pai francês e mãe britânica, estreou no teatro em 1947 com La terrasse de midi, apresentada no Festival de Avignon. Atriz poliglota e internacional, que se destacou também como cantora, foi prêmio César de Melhor Atriz em 1992 por La vieille qui marchait dans a mer, de Laurent Heynemann, e presidente do júri de Cannes em 1975 e 1995.

Moreau presidiu também o júri da Seção Oficial do 54º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, em 2006, e deixa uma trajetória cinematográfica composta por mais de uma centena de filmes.

"Com ela, desaparece uma artista que encarnou o cinema na sua complexidade, na sua memória, na sua defesa", afirmou a presidência francesa, que a lembrou como uma mulher rebelde contra "a ordem estabelecida e a rotina". A também cenógrafa, diretora de filmes como No coração, a chama (1976), foi casada com Jean-Louis Richard, pai do seu filho Jérôme, e posteriormente com William Friedkin.

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