Cinema Filme sobre Olavo de Carvalho é o grande vencedor do Cine PE Premiação contemplou filmes em três categorias: melhor curta-metragem nacional, melhor curta-metragem nacional e melhor longa

Por: Breno Pessoa

Publicado em: 03/07/2017 23:30 Atualizado em: 04/07/2017 00:09

Matheus Bazzo, Olavo de Carvalho e Josias Teófilo em imagem dos bastidores de O Jardim das Aflições. Foto: Cine PE/Divulga
Matheus Bazzo, Olavo de Carvalho e Josias Teófilo em imagem dos bastidores de O Jardim das Aflições. Foto: Cine PE/Divulga

Em entrevista ao Viver na noite de exibição de O jardim das aflições no Cine PE, o diretor pernambucano Josias Teófilo repetiu o bordão proferido pelo técnico Zagallo após o Brasil vencer a Copa América de 1997. "Vão ter que me engolir", brandou o cineasta sobre a presença do documentário no festival, criticada por alguns realizadores. Passada a polêmica, o título que dividiu opiniões acabou se consagrando como melhor longa-metragem escolhido pelo júri oficial do festival e pelo júri popular (realizado através de votação on-line).

A obra de Josias ainda recebeu outro prêmio, do melhor montagem, assinada por Matheus Bazzo e Daniel Aragão. O longa-metragem mais premiado da noite, no entanto, foi Toro (SP), de Edu Felistoque, que saiu com quatro Calungas: Direção, Roteiro, Edição de Som e Ator Coadjuvante. Já no prêmio da crítica, a escolha foi o documentário Los Leones (MG), de André Lage. Na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens nacionais, o melhor filme foi Diamante, o Bailarina (SP), de Pedro Jorge, que também conquistou o Prêmio Canal Brasil. A obra mais premiada foi a animação pernambucana O ex-mágico, de Olimpio Costa e Mauricio Nunes. Na escolha do júri popular, o melhor curta nacional foi o documentário Mulheres negras: Projetos de mundos, de Day Rodrigues e Lucas Ogasawara.

Já na mostra competitiva de curtas-metragens, o filme Los Tomates de Carmelo, de Danilo Baracho, foi eleito o melhor filme, enquanto  documentário Entre andares, de Aline van der Linden e Marina Moura Maciel levou o prêmio da crítica. Já Autofagia, de Felipe Soares, foi o favorito pelo júri popular e levou ainda as Calungas de direção de arte e melhor ator na categoria. 

Considerando a quantidade de filmes exibidos, o número de prêmios por mostras parece excessivo para a realidade atual do festival. Claro que é importante premiar e reconhecer categorias técnicas, mas talvez coubesse a unificação dos títulos concorrentes em alguns segmentos. O fato é que foram distribuídos 12 prêmios entre os oito filmes da mostra pernambucana; 12 entre os 12 concorrentes da mostra nacional, que teve ainda uma menção honrosa; e 14 prêmios entre os seis filmes da mostra competitiva de longas-metragens.   
 
Realizado entre os dias 27 de junho e 3 de julho, o Cine PE exibiu seis longas e 20 curtas de todo o país em suas mostras competitivas. A seleção teve curadoria do produtor de cinema Bruno Torres, da professora de cinema Amanda Mansur e do documentarista Matheus Andrade. Os títulos foram escolhidos entre 473 filmes inscritos, sendo 398 curtas e 75 longas. 
 

Adiado duas vezes e enfrentando dificuldades na obtenção de patrocínio, o festival correu risco de não ser realizado este ano. Mas, após todas as dificuldades, a organização comemora os resultados. "O evento foi bem frequentado, ainda mais se levarmos em consideração o tempo chuvoso que o cercou durante todos os dias de exibição", avalia a organizadora do Cine PE, Sandra Bertini. 


Confira lista completa de premiados:


MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Melhor Filme – Los Tomates de Carmelo (PE), Danilo Baracho
Melhor Direção - Danilo Baracho, Los Tomates de Carmelo (PE)
Melhor Roteiro – Marcelo Cavalcante, Marina e o pássaro perdido (PE)
Melhor Fotografia - Danilo Baracho, Los Tomates de Carmelo (PE)
Melhor Montagem – Marcus Paiva, “Soberanos da Resistência (PE)
Melhor Edição de Som – Sérgio Kyrilos, “Marina e o pássaro perdido” (PE)
Melhor Trilha Sonora – Carlos Ferrera, “Soberanos da Resistência” (PE)
Melhor Direção de Arte – Felipe Soares, “Autofagia” (PE)
Melhor Ator - Emanuel David D`Lúcard, “Autofagia” (PE)
Melhor Atriz – Brenda Lígia, “Aqui Jaz” (PE)
JURI POPULAR - “Autofagia” (PE), Felipe Soares
PREMIO DA CRÍTICA – “Entre andares” (PE), Aline van der Linden e Marina Moura Maciel

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

Melhor Filme – “Diamante, o Bailarina” (SP), Pedro Jorge
Melhor Direção - Day Rodrigues e Lucas Ogasawara, Mulheres Negras: projetos de mundo (SP)
Melhor Roteiro - Olimpio Costa e Mauricio Nunes, O Ex-Mágico (PE)
Melhor Fotografia – Pedro Maffei, Retratos da Alma (DF)
Melhor Montagem – Márcio Miranda Perez, Quando os dias eram eternos (SP)
Melhor Edição de Som – Jefferson Mandú, O Ex-Mágico (PE)
Melhor Trilha Sonora – Claudio Nascimento, O Ex-Mágico (PE)
Melhor Direção de Arte - Daniela Aldrovandi, Diamante, o Bailarina (SP)
Melhor Ator - Eucir de Souza, Sal (SP)
Melhor Atriz - Helena Albergaria, O Tronco (SP)

MENÇÃO HONROSA DO JÚRI – Luiza (PR), Caio Baú
JURI POPULAR - Mulheres Negras: projetos de mundo (SP), Day Rodrigues e Lucas Ogasawara
PREMIO DA CRÍTICA – O Ex-Mágico (PE), Olimpio Costa e Mauricio Nunes PRÊMIO

CANAL BRASIL DE CURTAS Diamante, o Bailarina (SP), Pedro Jorge

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS:

Melhor Filme - O Jardim das Aflições (PE), Josias Teófilo
Melhor Direção - Edu Felistoque, Toro (SP)
Melhor Roteiro - Edu Felistoque, Julio Meloni, Toro (SP)
Melhor Fotografia - Alex Lopes, João Atala, Raul Salas, Natalia Sahlit, Inti Briones, O Crime da Gávea (RJ)
Melhor Montagem - Matheus Bazzo e Daniel Aragão, O Jardim das Aflições (PE)
Melhor edição de som - Guilherme Picolo, Lucas Costabile, Toro (SP)
Melhor Trilha Sonora - Nancys Rubias , She Devils , Kumbia Queers, Los Leones (MG)
Melhor Direção de Arte – Lúcia Quental, O Crime da Gávea (RJ)
Melhor Ator Coadjuvante – Rodrigo Lampi, Toro (SP)
Melhor Atriz Coadjuvante - Aline Fanju, O Crime da Gávea (RJ)
Melhor Ator – Mário Bortolotto, Borrasca (SP)
Melhor Atriz – Simone Spoladore, O Crime da Gávea (RJ)
JURI POPULAR – O Jardim das Aflições (PE), Josias Teófilo

PREMIO DA CRÍTICA - “Los Leones” (MG), André Lage  

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