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Artes Visuais 32ª edição da Bienal de São Paulo anuncia programação em Garanhuns Mostra de nove artistas nacionais e internacionais integraprogramação do Festival de Inverno de Garanhuns

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 11/07/2017 18:33 Atualizado em: 11/07/2017 17:37

Obras de diversas linguagens serão apresentadas no agreste pernambucano. Fotos: Alumia Produção/Gilvan Samico/Leon Hirszman/Reprodução
Obras de diversas linguagens serão apresentadas no agreste pernambucano. Fotos: Alumia Produção/Gilvan Samico/Leon Hirszman/Reprodução

A partir do dia 20 julho, a cidade de Garanhuns, no agreste pernambucano, receberá a mostra da 32ª Bienal de São Paulo. Com o título Itinerâncias, o recorte apresenta obras de artistas nacionais e internacionais, como Bárbara Wagner, Gilvan Samico e Leon Hirszman, explorando o tema Incerteza viva, gratuitamente, na Galeria de Artes Ronaldo White e no Centro de Produção Cultural do Sesc.

Confira o roteiro de exposições no Divirta-se

Com curadoria geral de Jochen Volz, a exposição vai reunir trabalhos de nove artistas:Bárbara Wagner, Cristiano Lenhardt, Ebony G. Patterson, Gilvan Samico, Jonathas de Andrade, José Bento, Leon Hirszman, Rosa Barba e Wilma Martins. Além da mostra, a cidade receberá uma série de ações formativas, com intermédio do artista plástico, escritor, poeta e compositor paraense Bené Fonteles. No dia 24 de julho, ele vai participar de conversa sobre o OcaTaperaTerreiro, projeto que desenvolveu a construção de uma oca e que desperta reflexões sobre a vida indígena no Brasil.

Na sexta-feira (25), será realizado o lançamento do livro O Rei do Baião, também de Bené, que resgata a memória do ícone musical Luiz Gonzaga. Na sessão, será realizado um debate entre o autor e o pesquisador Paulo Vanderley. À tarde, os dois, com o pesquisador convidado Antônio Vilela, vão comandar a conversa Uma tarde para Dominguinhos, considerando o legado do artista para o Brasil. À noite, haverá exibição do filme Martírio, seguida de conversa do público com o diretor, Vicent Carelli, e com a equipe produtora do vídeo, que retrata a luta das tribos indígenas Kaiowa e Guarani.

No sábado (26), Bené e Vicent reúnem no palco Raonny, da tribo Funiô, Guilherme Marinho, da Xucuru e Zé Carlos, da Castainho, para refletir sobre a vida dessa população e das comunidades quilombolas com o tema Urgências e poéticas políticas na questão indígena. No dia 27 de julho a programação conta com os cantadores e repentistas Bráulio Tavares, Adiel Luna e Rouxinol Pereira no painel O que sobra e o que falta na poesia - poesia é tirar de onde não tem e botar onde não cabe.

Veja a relação de artistas e obras:

Bárbara Wagner
Em parceria com Benjamin de Burca, a artista desconstrói o fenômeno do brega no filme Esta%u0301s vendo coisas (2016). Mostra a música, dança, cena cultural e economia que extrapolam os limites dos bairros da periferia e participam da paisagem sonora de uma cidade em suas diferenças.

Cristiano Lenhardt
Ele constrói um "mundo bicho" em Trair a espécie (2014-2016), onde os seres deixam de ser alimentos e ganham corpo fi%u0301sico e transcendência.

Ebony G. Patterson
Os retratos são relacionados à cultura popular e ao contexto de violência de diversas comunidades em Kingoston, na Jamaica. Os painéis apresentados tentam traçar paralelos entre os contextos socioculturais do Brasil e da Jamaica.

Gilvan Samico
As peças presentes na Bienal têm como referência a literatura de cordel e o Movimento Armorial, sendo o encontro com o escritor Ariano Suassuna um importante ponto de inflexão.

Jonathas de Andrade
O filme O peixe (2016) acompanha pescadores pelas mare%u0301s e pelos manguezais de Alagoas. Aborda temas como o universo do trabalho e do trabalhador, e a identidade do sujeito contemporâneo.

José Bento
A obra Do pó ao pó (2016) e%u0301 composta de caixinhas de fósforos sobre estruturas de bancas de camelo com pe%u0301s retráteis. Propõe refletir sobre a relação que há entre o tempo e a matéria que constitui inícios e fins.

Leon Horszman
A obra Cantos de trabalho é uma trilogia filmada entre 1974 e 1976, nas cidades de Chá Preta (AL), Itabuna (BA) e Feira de Santana (BA). Em cada uma delas foram registradas imagens dos trabalhadores rurais exercendo suas atividades.

Rosa Barba
O filme Disseminate and hold (2016) estabelece um diálogo com a construção conhecida como Minhocão, elevado de concreto construído em São Paulo, durante a ditadura militar.

Wilma Martins
A série Cotidiano (1975-1984) consiste em vários estágios de desenhos e pinturas que já nasceu na tela. Já em Rio de Janeiro com cristais (1986), são retratadas as possibilidades de revelação da vegetação exuberante e às construções urbanas de lugares supostamente triviais.

SERVIÇO
32ª Bienal - Itinerâncias: Festival de Inverno de Garanhuns

Quando: de 20 a 29 de julho, e de 31 de julho a 22 de setembro, das 9h às 21h Onde: Galeria de Arte Ronaldo White e Centro de Produção Cultural do Sesc Garanhuns (Rua Manoel Clemente, 136, Centro, Garanhuns)
Quanto: gratuito

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