Alarme falso Repórter pernambucano é um dos feridos do falso alerta de bomba e narra momentos de pânico "Sonho transformado em pesadelo depois de um barulho que carrega o medo nos olhos do europeu. O terrorismo virou uma sombra, anda ao lado de cada um por aqui", escreveu Victor Bastos

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 05/06/2017 09:31 Atualizado em: 05/06/2017 14:22

Repórter da SporTV fez relato no Facebook para tranquilizar amigos e parentes. Foto: Facebook/Reprodução
Repórter da SporTV fez relato no Facebook para tranquilizar amigos e parentes. Foto: Facebook/Reprodução

O jornalista pernambucano Victor Bastos foi um dos feridos no tumulto ocorrido em Turim, na Itália, neste final de semana. Um alarme falso de bomba assustou a torcida do Juventus, que se reuniu na cidade para assistir à final da Liga dos Campeões, e causou correria, deixando cerca de mil pessoas machucadas, sendo oito em estado grave. O repórter da TV Globo Nordeste também via a partida do local e saiu com lesões na boca e nas pernas.

No Facebook, Victor tranqulilizou parentes e fez um relato do incidente. "Mais de 40 mil pessoas de línguas, culturas e interesses diferentes se reuniram na Piazza San Carlo. Entre as incontáveis experiências que já tive em eventos esportivos, certamente essa era uma das mais espetaculares. Bandeiras, cores, músicas, festa... Amor ao futebol. Liga dos Campeões. Final. Era a gigante Juve contra o maior de todos: Real Madrid! Fui de Milão para Turim apenas para sentir tudo isso. Viver de perto essa experiência", escreveu.

O jornalista afirmou que a experiência foi transformada em pesadelo depois da explosão, a 50 metros de onde ele estava. De acordo com a imprensa internacional, a confusão ocorreu depois que um torcedor confundiu fogos de artifício com um atentado terrorista e alarmou as demais pessoas no local. "O terrorismo virou uma sombra, anda ao lado de cada um por aqui. Imagina, então, milhares no mesmo local depois do boom. Pânico e tensão. Estava a 50m da explosão (onde vi boa parte do jogo e tinha saído pouco antes). Gente aos montes sendo pisoteada e gritando que era um atentado. Cercando as saídas de toda a praça existiam grades de ferro - justamente pra controlar o que podia ou não entrar".

Ele sofreu ferimentos leves e testemunhou diversas pessoas inconscientes pelas ruas. "Numa dessas barreiras machuquei a perna e a boca enquanto pulava e fui empurrado. Corri aproximadamente 6km até a estação central de trem. No caminho muita gente ferida, desmaiada. Objetos perdidos (sapatos, bolsas, celulares). Inacreditavelmente também tinha gente aproveitando pra roubar. No meio de algo tão ruim ainda deu pra reconhecer que existe gente do bem", relatou.

Confira o relato:



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