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Televisão Rebelião em Orange Is The New Black deixa trama mais densa na quinta temporada Nova leva de episódios já foi disponibilizada na Netflix e conta com novo formato na estruturação dos capítulos

Por: Tiago Barbosa

Publicado em: 09/06/2017 12:50 Atualizado em:

a série delineia o arco narrativo nas 72 horas seguintes à rebelião, eclodida quando Daya (Dascha Polanco) rouba a arma e subjuga um agente. Foto: Netflix/Reprodução
a série delineia o arco narrativo nas 72 horas seguintes à rebelião, eclodida quando Daya (Dascha Polanco) rouba a arma e subjuga um agente. Foto: Netflix/Reprodução

Era previsível a inflexão narrativa de Orange is the new black para uma atmosfera mais densa após a morte da presidiária Poussey (Samira Wiley) em uma ação desastrada dos agentes penitenciários na quarta temporada. O sufocamento remontou à violência policial cometida contra negros norte-americanos, combatida pelo ativismo racial sob o lema "Vidas negras importam". A 5ª temporada da série da Netflix (13 episódios) retorna ao catálogo nesta quinta-feira (9) com a trama toda balizada pelo incidente e sem o usual tom de humor. Estreada em 2013, a adaptação televisiva da história de uma garota branca de classe média presa por tráfico de drogas - Piper Chapman (Taylor Schilling) - chegou a vencer o Globo de Ouro na categoria comédia.

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A 5ª temporada arrisca mudança na estrutura dos capítulos. Em vez de desenvolver a trama entre vários dias na prisão Litchfield, a série delineia o arco narrativo nas 72 horas seguintes à rebelião, eclodida quando Daya (Dascha Polanco) rouba a arma e subjuga um agente. O tempo é preenchido com negociações com autoridades, disputa pelo controle do motim e flashbacks de momentos fora da cadeia - embora o recurso, útil antes, nem sempre se mostre à altura na fase atual. O saldo é uma tensão contínua comum à realidade de cadeias onde o estado é carrasco - na série, maus-tratos, racismo e misoginia fazem parte da rotina.

A dinâmica da rebelião dá fôlego à tônica de sororidade pregada pela série. Diferentemente dos motins de carceragens brasileiras, com presos mortos por colegas de cela na disputa por tráfico e crime, a ficção mira uma causa palatável: o fim dos abusos. A mensagem de força feminina é onipresente do trailer à diversidade racial e social dos personagens. Resta saber se a união delas verga a opressão do sistema.

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