Audiovisual Cine PE tem estreia nos cinemas de roteirista de Roque Santeiro e Irmãos Coragem Marcílio Moraes escreveu o longa O crime da Gávea, em exibição na noite desta sexta-feira (30)

Por: Breno Pessoa

Publicado em: 30/06/2017 14:00 Atualizado em: 30/06/2017 13:50

Amor, sexo e crime são ingredientes da trama. Foto: Elo Company/Divulgação
Amor, sexo e crime são ingredientes da trama. Foto: Elo Company/Divulgação

Após três décadas escrevendo para a TV, o autor Marcílio Moraes, roteirista de clássicos da teledramaturgia brasileira como Roque santeiro, Roda de fogo, Mandala e As noivas de Copacabana, assinou o primeiro trabalho para o cinema. Inspirado em livro homônimo do escritor, O crime da Gávea, será exibido pela primeira vez no Recife hoje, dentro da programação competitiva do Cine-PE, no Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175, Boa Vista).

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"Sempre tive esse desejo de mexer com o cinema, é uma linguagem mais exigente, assim como uma série televisiva exige mais do que a novela, em termos de dramaturgia e estética", acredita Marcílio Moraes, 72 anos. "É uma novidade na minha vida”, diz ele, acrescentando que a oportunidade de transformar uma história em filme surgiu a partir da ideia de adaptar seu romance de estreia, O crime da Gávea (Sete Letras, 172 páginas, R$ 35). O longa-metragem estreou em março em circuito restrito, com exibição apenas no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

"Não é um filme de grande público, é uma produção de baixo orçamento", afirma Moraes, que não almeja conquistar ampla audiência. "Visa um público que está disposto a refletir um pouco, captar uma ironia sutil que tem ali", defende. A programação da sexta-feira tem ainda a exibição de dois documentários: O canto do menino do mar (PE), de Ulisses Andrade, e Mulheres negras: Projetos do mundo (SP), de Lucas Ogasawara. Completando a grade, a animação Peleja do sertão (CE), de Fábio Miranda.

[Duas perguntas |Marcílio Moraes, roteirista

Você primeiro partiu para as séries televisivas, agora, o cinema. O formato novela não interessa mais?

Há algum tempo venho dizendo que a telenovela teria a mesma importância, avassaladora. Há décadas que todo nosso horário nobre é ocupado por novelas. É um gênero muito repetitivo, não pode ser muito questionador. As séries são mais instigantes. Se eu puder fazer novela com algum desafio, posso voltar.

Com a linguagem cinematográfica cada vez mais presente na TV, há futuro para a telenovela?
É um espanto, acredito que, progressivamente, ela vá perder toda essa importância. Hoje as audiências são metade do que era uma década atrás. O formato exige segurar o público por meses, e os recursos dramatúrgicos não são infinitos. Você usa os mesmos truques.


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