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Música Artistas são convidados ao Senado por Romário para discutir criminalização do funk Anitta, Nego do Borel, Valesca Popozuda e Tati Quebra Barraco são algumas das figuras convidadas pelo senador

Por: Estado de Minas

Publicado em: 22/06/2017 15:42 Atualizado em: 22/06/2017 15:44

Nego do Borel e Anitta estão entre os convidados do senador Romário Faria. Foto: YouTube/Reprodução
Nego do Borel e Anitta estão entre os convidados do senador Romário Faria. Foto: YouTube/Reprodução

O senador Romário Faria (PSB-RJ) anunciou nesta quinta-feira (22), por meio de uma postagem no Facebook, que será realizada uma audiência pública sobre a Sugestão Legislativa que propõe a criminalização do funk. No post, o senador revela que convidou vários artistas representantes do gênero, como Anitta, Nego do Borel, Valesca Popozuda e Tati Quebra Barraco. Outros convidados incluem os antropólogos Hermano Vianna (autor do livro O mundo funk carioca) e Mylene Mizhari (A estética do funk carioca). Marcelo Alonso, autor da proposta, também deve participar da deliberação.

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"Eu, como um carioca nato e um eterno funkeiro, sou totalmente contra essa proposta", escreveu Romário. "Como disse a presidente da comissão, senadora Regina Sousa, o funk começou no Rio de Janeiro, mas ganhou o Brasil, se tornando mais um ritmo musical que expressa a identidade de uma grande parcela da população", declarou.

Na proposta protocolada por Marcelo Alonso, o funk seria considerado crime de saúde pública. "Os chamados bailes de 'pancadões' são somente um recrutamento organizado nas redes sociais por e para atender criminosos, estupradores e pedófilos a prática de crime contra a criança e o menor adolescente", diz a proposta. A sugestão recebeu 22 mil assinaturas. Atualmente, ela está na Comissão de Direitos Humanos do Senado e precisa passar por ela para se tornar um projeto de lei. Em consulta pública online, a proposta conseguiu 14 mil votos a favor.

A funkeira Anitta está entre os artistas que se manifestaram contrários à proposta. Pelo Twitter ela escreveu: "Se o conteúdo das letras ou das festas não agradam é porque cresceram vendo e vivendo aquilo que cantam. Deem acesso a outros assuntos e cantarão sobre eles. Traduzirão as músicas de outros idiomas pra proibir as que não tem mensagens que agradam aos cultos ou é só uma discriminação mais direcionada?".

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