Televisão Anitta debate preconceito, criminalização do funk e carreira internacional em entrevista a Bial A cantora foi a convidada do programa Conversa com Bial desta quinta-feira (15) e ainda protagonizou um dueto em inglês com o jornalista

Por: Estado de Minas

Publicado em: 16/06/2017 11:12 Atualizado em:

Anitta e Bial entoaram os versos da música Cruisin, em inglês. Foto: Gshow/Reprodução
Anitta e Bial entoaram os versos da música Cruisin, em inglês. Foto: Gshow/Reprodução

A convidada da vez do programa Conversa com Bial desta quinta-feira (15) foi Anitta, que está fazendo sucesso com o single Paradinha. Durante a entrevista ao jornalista, a cantora fez revelações sobre as suas origens, o preconceito, a autoestima, a carreira e criminalização do funk, debate acendido por proposta que conta com milhares de assinaturas. Além da nova música em espanhol, Anitta já protagonizou duetos com Iggy Azalea e Maluma, dando os primeiros passos na carreira internacional. De toda forma, a cantora tem os pés no chão de que "não vai ser tão rápido" e, ainda, revelou não ter vontade de deixar o Brasil. "Eu não penso em morar lá fora. Eu penso em morar no Rio de Janeiro", disse. 

A cantora ainda relatou que sofre preconceitos por conta do ritmo musical, pela dança, por ser mais nova e por assumir suas plásticas. "Infelizmente, no Brasil, o ritmo popular ainda é ligado à falta de instrução, educação, inteligência e respeito. E, também, o fato que eu vendo autoconfiança, autoestima para as mulheres. Eu vim da favela, vim do nada, eu não tenho nenhum milionário injetando dinheiro em mim", disse ela, se orgulhando de suas origens. Defensora do funk como expressão da cultura brasileira, Anitta falou sobre a criminalização do ritmo junto à legislação. "Um absurdo. Mais absurdo que esse Brasil está uma zona, e as pessoas estão preocupadas com o funk", enfatiza.

"A pessoa não tem ideia do quanto o funk ajuda uma parte da sociedade que não tem oportunidade de nada. Eu vim da favela e não é todo mundo que consegue, assim como eu. Para você ter uma vida diferente dentro do que está naquele espaço, não tenho palavras para descrever, mas não tem oportunidade", defende a cantora, que ainda ressaltou a geração de empregos que o ritmo impõe. "Um funkeiro hoje, que canta em um baile de favela, ele consegue gerar emprego para ele, para o motorista, para o DJ, o produtor, duas bailarinas e para o empresário. São no mínimo sete pessoas trabalhando e ganhando dinheiro com o funk", contou Anitta.

A artista, apesar da volatilidade musical, diz que ainda se considera uma representação para os  funkeiros. "Eu jamais vou ter vergonha de dizer que eu vim de lá, pois esse ritmo que me ajudou a chegar até aqui. Eu seria muito ingrata se hoje eu fingisse que não estou vendo, porque eu to vendo sim. E eu amo o funk, é um ritmo incrível e vai melhorar", disse ela. Em seguida, Bial ainda concordou com a cantora: "Certamente, negar e proibir o funk, esse não é o caminho". Para fechar a participação no programa, Anitta e Pedro Bial protagonizaram um dueto inédito em inglês. A dupla improvisou a música Cruisin

Assista ao dueto de Anitta e Bial:


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