Luta
Maria da Penha e 85 mulheres participam de clipe contra violência sexual
Respeita, de Ana Cañas, conta com Elza Soares, Karina Buhr, Júlia Lemmertz, Sophie Charlotte e ícones da luta pela igualdade de gênero
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 15/05/2017 12:10 Atualizado em:
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| Todas as convidades estão atreladas à luta pela igualdade de gênero. Fotos: YouTube/Reprodução |
A cantora paulista Ana Cañas reuniu 85 mulheres cujas histórias estão atreladas à luta pelo fim da violência contra a mulher e pela igualdade de gênero para o clipe da faixa Respeita. O vídeo, liberado neste fim de semana, teve filmagens realizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo ao longo de quatro dias. Para a composição das imagens, que retratam as participantes em preto e branco, os diretores Isadora Brant e João Wainer pediram às convidadas que fechassem os olhos e lembrassem de casos de violência ou assédio sofridos pior elas ao longo da vida. Em seguida, elas deveriam dar uma resposta às memórias em forma de olhar.
Confira o roteiro de shows no Divirta-se
Respeita conta com a participação de Maria da Penha, Elza Soares, Eliane Dias, Dona Maria (presidente da Cooperativa de Reciclagem em São Paulo), Karina Buhr, Carmen Silva e Preta Ferreira (líderes da ocupação Cambridge), Preta Rara (rapper e criadora do blog Eu, empregada doméstica), as atrizes Júlia Lemmertz, Mariana Lima e Sophie Charlotte, a grafiteira Magrela, Dona Divina (residente e liderança na ocupação Mauá), a cacique indígena de 24 anos Márcia, da aldeia Jaraguá, Jeckie Brown (atriz do grupo Nós do Morro, no Vidigal, Rio de Janeiro) e outras personalidades.
"Muitas emoções vieram à tona. Algumas gritaram, se rebelaram, outras choraram. É uma mistura de sentimentos, todos muito verdadeiros e presentes. Pude perceber que essa é uma dor que todas nós carregamos, não importando a classe social, a idade ou a cor da pele", relata Ana Cañas em comunicado sobre o processo de gravações. "Escrevi a música a partir de uma dor pessoal, de uma história real que vivi. Sou vítima de assédio sexual e acredito que o debate, o diálogo e a troca de experiências similares joga luz a uma questão urgente, de violência e opressão. A ideia do clipe é quebrar o silêncio em torno dessa dor profunda e devastadora que carregamos e dar voz a todas as mulheres que se sintam oprimidas, machucadas ou agredidas, convidando-as a responder a isso, dando um basta a essa situação de forma direta", acredita ela.
Assista ao clipe de Respeita:
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