Internet Youtuber do canal Amigo Gringo critica colega Felipe Neto por 'falta de ética' Em seu canal, Seth Kugel rebate posicionamentos do youtuber sobre políticas de publicidade na plataforma de streaming

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 18/04/2017 17:58 Atualizado em: 18/04/2017 18:02

Declarações de Felipe Neto chamaram a atenção do jornalista no NYT. Fotos: YouTube/Reprodução
Declarações de Felipe Neto chamaram a atenção do jornalista no NYT. Fotos: YouTube/Reprodução


Em uma de suas mais recentes publicações, Felipe Neto teceu duras críticas a uma matéria do jornal norte-americano Wall Street Journal sobre publicidade no serviço de streaming. Postado no dia 8 de abril, com o título Vários youtubers vão falir se ficarmos calados, o vídeo já conta com mais de 2,4 milhões de visualizações e levantou debate sobre políticas de conteúdo no YouTube entre os internautas. Entre eles, o jornalista norte-americano Seth Kugel, colaborador do New York Times e apresentador do canal AmigoGrigo, que rebateu as acusações do brasileiro: "falta ética no universo do YouTube".

Em seu comentários, Felipe Neto toma como base a nova política do YouTube de priorizar conteúdos classificados como "family friendly" e retirar anúncios publicitários de vídeos que não se ajustem a esse filtro. Uma consequência direta da nova medida é a queda na remuneração de influenciadores digitais brasileiros que não se enquadram no critério do serviço, criticada por Felipe Neto, que acusa a matéria do Wall Street Journal de ser "fraudulenta" e dar origem à essa medida.

"É um jornal que está tão desesperado porque faturamento e assinantes estão caindo, porque ninguém lê aquela merda, que decidiu atacar os youtubers com toda a força que tem", afirma Felipe Neto em um recorte do vídeo, alegando que a publicação norte-americana declarou guerra aos influenciadores digitais.

Por sua vez, o norte-americano Seth Kugel do canal AmigoGringo afirma que falta ética e compromisso com a informação na fala de Felipe Neto e no universo dos youtubers de modo geral. "Não é justo falar que é só o Felipe Neto. Existe uma falta de ética em geral, no YouTube, quando as pessoas insultam outras pessoas ou empresas", afirmou o jornalista, que lembrou atuar há 15 anos em tradicionais veículos de comunicação, como o New York Times.

"Ou seja, eu trabalho nas novas e nas tradicionais mídias. Isso me dá uma perspectiva que talvez seja um pouco diferente. Eu acredito na ética jornalística e acredito que se você vai criticar ou xingar alguém, precisa saber se isso é verdade ou, pelo menos, ter evidências", emendou.

O jornalista explica que a matéria do WSJ revelou o fato de anúncios de grandes marcas serem associados a vídeos com declarações de ódio no YouTube, o que causou uma mudança na posturas dos anunciantes no meio digital. "Quando as grandes marcas souberam disso, retiraram os anúncios. O YouTube perdeu dinheiro e nós, youtubers, perdemos dinheiro também", comentou Seth.

Em outro recorte da publicação de Felipe Neto, o brasileiro afirma que a matéria utilizou falsos prints para justificar a publicação: "O Wall Street Journal é um veículo tão mentiroso e tão manipulador que a matéria que ele mostrou prints falsos de vídeos que não exibiam propaganda, como se recebessem sim anúncios. Eles 'photoshoparam' anúncios em cima de vídeos de ódio".

"Felipe Neto, muito bom ator, muito dramático. Gostei", ironizou o jornalista do AmigoGringo na sequência. "Só tem um problema, essas informações são falsas", atestou. "No mínimo, se você vai acusar alguém de algo, no jornalismo, você tem que dar a resposta dele. É por isso que eu escrevi para o Felipe Neto vendo se queria falar para esse vídeo. Mas ele é muito ocupado e tem um canal muito maior que o meu, quem sabe ele pode comentar aqui embaixo", provocou em outro momento.

Confira os vídeos:





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