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Agenda Tiger Army, Suicidal Tendencies, Matanza e outros roqueiros no Festival Abril pro Rock Com uma pegada mais "pesada", a programação tem atrações de rock nacional e internacional

Por: Alef Pontes

Publicado em: 28/04/2017 21:20 Atualizado em: 28/04/2017 20:49

Em atividade desde 1996, os metaleiros da banda Matanza, do Rio de Janeiro, tocam no sábado. Foto: Matanza/Divulgação
Em atividade desde 1996, os metaleiros da banda Matanza, do Rio de Janeiro, tocam no sábado. Foto: Matanza/Divulgação

Completando 25 anos de existência, o festival Abril pro Rock chega a mais uma edição, nesta sexta-feira (28) e sábado (29), no Classic Hall. Com uma pegada mais "pesada" do que a apresentada nos últimos anos, o encontro da música tem em seu line-up nomes de destaque do rock nacional e internacional, como as norte-americanas Suicidal Tendencies, Tiger Army e Death, sexta, e a inglesa Cockney Rejects e a alemã Nocturnal, no sábado.

Confira o roteiro de shows no Divirta-se

Desde o anúncio da primeira atração, no início do ano, a principal mudança da edição comemorativa saltou aos olhos de quem acompanha o festival de perto: a curadoria optou por abrir mão do pop para abraçar ainda mais o rock em sua programação. A aposta, segundo o idealizador e produtor do APR, Paulo André Pires, veio como uma forma de privilegiar um público carente de apresentações, mas também como uma mudança estratégica para se adaptar a mudanças do mercado fonográfico.

Após a “traumática” edição do último ano, como ele classifica, quando duas das principais atrações cancelaram os shows às vésperas do festival - prejudicando não só a logística do evento como enxugando o público -, Paulo André tomou a decisão de adotar um novo modelo curatorial. O line-up mais leve da “sexta-feira pop”, como ficou conhecida, abriu mão da classificação para dar um espaço maior aos fãs do punk e hardcore, privilegiando uma parcela do público que não tem tanto acesso às atrações como em outros estilos.

O trio hardcore-punk-metal tem sido, aliás, um conglomerado de gêneros que, apesar de não estar presente no festival desde o seu surgimento, tem fidelizado cada vez mais uma legião de fãs do evento em diversos estados e consolidado o APR como uma das grandes concentrações de rock pesado do Norte e Nordeste do Brasil. Só neste ano são 18 shows, dos quais 13 de bandas nacionais e cinco nomes internacionais. “O Abril pro Rock vai além do Recife há muito tempo. O nosso maior termômetro sobre o sucesso do festival são as caravanas formadas de outros estados. O chamariz das caravanas são as atrações internacionais”, diz Paulo André.

Em entrevista ao Viver, o vocalista da banda Tiger Army, Nick 13, falou sobre a expectativa de vir pela primeira vez ao Brasil. O grupo é um expoente mundial do psychobilly - gênero que une influências do punk do final dos anos 1970, rock and roll e rockabilly norte-americano dos anos 1950 - chega ao Abril pro Rock para lançar o quinto álbum da carreira: V…- (2016).

Nick 13, vocalista e guitarrista da Tiger Army. Foto: Buzzmeg/Reprodução da Internet
Nick 13, vocalista e guitarrista da Tiger Army. Foto: Buzzmeg/Reprodução da Internet


SERVIÇO
Abril Pro Rock 2017
Quando: Sexta-feira e sábado, sempre a partir das 23h
Onde: Classic Hall (Avenida Agamenon Magalhães, s/n, Complexo Salgadinho, Olinda)
Quanto: R$ 70, R$ 35 (meia) e
R$ 40 (social, com um quilo de alimento não perecível), à venda pela internet, no site www.sympla.com.br/abrilprorock
Informações: 3427-7501

Programação

SEXTA-FEIRA
Diablo Angel (Pernambuco)
Serrapilheira (Pernambuco)
Saga HC (Pernambuco)
Camarones Orquestra Guitarrística (Rio Grande do Norte)
Death (Estados Unidos)
Suicidal Tendencies (Estados Unidos)
Tiger Army (Estados Unidos)

SÁBADO
Evocati (Pernambuco)
One Arm Away (Pernambuco/São Paulo)
Voodoopriest (São Paulo)
John Wayne (São Paulo)
Nervosa (São Paulo)
Mystifier (Bahia)
Cockney Rejects (Inglaterra)
Violator (Distrito Federal)
Matanza (Rio de Janeiro)
Krisiun (Rio Grande do Sul)
Nocturnal (Alemanha)

Entrevista 

Nick 13  // vocalista e guitarrista da Tiger Army

Nick 13, vocalista e guitarrista da Tiger Army. Foto: Buzzmeg/Reprodução da Internet
Nick 13, vocalista e guitarrista da Tiger Army. Foto: Buzzmeg/Reprodução da Internet
Como foi o processo de concepção do álbum V...-?
Cada álbum é um pouco diferente de fazer. Eu queria encontrar um novo caminho para levar a sonoridade, mantendo-se fiel às raízes da banda. Me inspirei no rock’n’roll dos anos 1960, a experimentação após a primeira onda, bem como no punk rock original dos anos 1970 em Nova York, por conta das conexões com o rock’n’roll primitivo. O produtor Ted Hutt favoreceu uma abordagem espontânea no estúdio, o que aumentou a emoção do trabalho.

Fãs de bandas de rock se envolvem bastante com os trabalhos dos ídolos: acompanham shows, comprando camisas e discos. A que atribui esse fato?
Minhas bandas favoritas sempre me davam a sensação de participar de um clube secreto, em que cada panfleto, camiseta e capa de disco parecia um pedaço de algo importante e muito maior. Eu tentei manter esse sentimento em tudo que o Tiger Army faz. Existem centenas ou talvez milhares de tatuagens relacionadas com as letras ou com a banda. Sei os sentimentos que a música me deu, e é uma coisa muito poderosa, algo além das palavras. Suponho que esses sentimentos são os mesmos nos outros.

A banda já está há 21 anos na estrada, levantando a bandeira o psychobilly. Como avalia a trajetória?
Para mim, psychobilly sempre foi parte de algo maior, parte do rock’n’roll que deu luz ao punk e a muitos outros estilos que fazem parte da mesma árvore genealógica. Nossa música cresceu e evoluiu, mas ainda faz parte dessa árvore.

Qual a expectativa da banda em relação ao primeiro show no Brasil?
Sei que o punk e o rockn’roll têm um grande e dedicado segmento no Brasil. No psychobilly, houve uma cena no Brasil nos anos 1990, mesmo antes de haver muitos de nós nos Estados Unidos. Estamos ansiosos para tocar pela primeira vez no país.

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