Televisão Islamismo, homicídio e suicídio assistido permeiam terceira temporada de Psi, a partir deste domingo Diferentemente das duas primeiras fases, a nova sequência apresentará cinco histórias distintas

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

Publicado em: 09/04/2017 15:03 Atualizado em: 07/04/2017 20:06

Nova temporada coloca o psiquiatra Carlos Antonini diante de questões complexas como suicídio assistido, homicídio e religiosidade. Foto: HBO/Divulgação
Nova temporada coloca o psiquiatra Carlos Antonini diante de questões complexas como suicídio assistido, homicídio e religiosidade. Foto: HBO/Divulgação

Com duas indicações ao Emmy Internacional de 2016, Psi chega à terceira temporada neste domingo, com a exibição do primeiro dos dez episódios, às 21h, na HBO. A trama acompanha o psquiatra Carlo Antonini, interpretado por Emílio de Mello, indicado na categoria de Melhor Ator. Diferentemente das duas primeiras fases, a nova sequência apresentará cinco histórias distintas - cada uma em dois capítulos - e temas densos, como islamismo, morte, homicídio e suicídio.


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"É uma mudança significativa. Talvez seja uma maneira de aprofundar e enriquecer as histórias dos pacientes. A série aborda a relação com o passado e a morte. São temas parecidos, mas patologias diferentes", comenta Emílio, em entrevista ao Viver. Os conflitos se sustentam em pilares como o nosso passado, o que a gente é e para onde vamos.

Na semana passada, discutiu-se muito o tema suicídio em produções audiovisuais com o lançamento do seriado 13 reasons why (Netflix). Psi leva novamente os holofotes para o assunto, mas com abordagem diferente: “suicídio assistido”. A primeira história da trama acompanha uma jovem com doença terminal, paciente de Carlo Antonini. O desejo dela é antecipar o fim da vida, mas há uma resistência no psiquiatra em aceitar ou compreender a vontade

"Geralmente, a gente aborda temas que são tabus ou polêmicos. Para mim, como diretor, foi um dos temas mais interessantes de trabalhar. É uma forma de comover, questionar e fazer com que o público pense no assunto", destaca o diretor Max Calligaris, que atua ao lado de Contardo Calligaris, criador, roteirista e diretor-geral da trama.

O protagonista Emílio de Mello se diz habituado ao formato de seriado. A trajetória na televisão acumula trabalhos com duração mais reduzida, como nas séries Queridos amigos (2008), Dalva e Herivelto - Uma canção de amor (2010), na Globo, 3 Teresas, no GNT, e Mandrake (2005), da HBO. No entanto, em Psi, há a possibilidade de desenvolver mais o personagem em novas temporadas. "Quando se acostuma, é difícil fazer outras coisas. A gente consegue aprofundar mais o personagem. Dá uma vontade enorme de continuar e desenvolvê-lo", analisa Emílio.

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