Cinema Guardiões da Galáxia vol. 2 é uma divertida e cativante aventura espacial Sequência aprofunda interação entre integrantes da equipe e tem Baby Groot roubando a cena

Por: Breno Pessoa

Publicado em: 27/04/2017 16:44 Atualizado em: 27/04/2017 16:14

Filme captura bem o espírito leve e descontraído das HQs. Foto: Marvel Studios/Divulgação
Filme captura bem o espírito leve e descontraído das HQs. Foto: Marvel Studios/Divulgação

Alguns realizadores esquecem, na adaptação da histórias em quadrinhos para o cinema, que as revistas de super-heróis, em sua essência, se tratam de narrativas sem grandes pretensões além do puro entretenimento. E, mais importante, que isso não representa demérito. Guardiões Galáxia vol. 2, em cartaz a partir de hoje, mostra como a transição para tela grande pode ser feita sem mudanças no espírito predominante divertido das aventuras das HQs.

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Novamente na direção e roteiro, James Gunn conseguiu fazer um filme não necessariamente melhor que o anterior, mas certamente mais equilibrado e autoral. O cineasta parece ter tido mais liberdade criativa na continuação – ou simplesmente está mais familiarizado com o universo da Marvel Comics. Seja qual for a explicação, Guardiões da Galáxia vol. 2 é uma obra mais madura. Menos frenética, a sequência consegue aprofundar as relações entre os personagens, e de forma muito equilibrada. Mesmo que a história central se detenha em Peter Quill (Chris Pratt), todos os outros integrantes do time são bem desenvolvidos e têm cenas de destaque.

A continuação dá andamento à questão que ficou em aberto no filme anterior: o mistério sobre a paternidade de Peter Quill. Como já revelado em trailers, o pai do Senhor das Estrelas é Ego (Kurt Russel), uma poderosa entidade cósmica que é espécie de planeta vivo capaz de assumir outras formas. O personagem, relativamente obscuro, foi criado por Stan Lee e Jack Kirby nos anos 1960. Nos quadrinhos, o líder dos Guardiões é filho de Jason, imperador o planeta Spartax, com a humana Meredith Quill.

Sem receio de levar para o filme as cores e conceitos amalucados de histórias em criadas nas décadas de 1960 e 1970, Gunn consegue realizar algo em perfeita sintonia com o clima de uma boa HQ de aventura espacial. Tudo isso embalado por uma ótima trilha sonora, que conversa muito bem com o roteiro, assim como como no primeiro filme de Guardiões da Galáxia: várias cenas poderiam facilmente se transformar em videoclipe.

O longa ainda tem o personagem mais fofo já visto em um filme baseado em quadrinhos, o Baby Groot (voz de Vin Diesel), responsável por algumas das passagens mais divertidas e memoráveis. Uma curiosidade: o responsável por representar o personagem na captura de movimentos foi o próprio diretor, James Gunn. 

Tecnicamente bem executado, engraçado e com uma bonita noção sobre família e afeto, Guardiões da Galáxia vol. 2 é um filme que deve levar muitos a declararem ser melhor adaptação cinematográfica de quadrinhos. Em uma época de hipérboles e de constante busca por uma obra a ser considerada como definitiva, é sempre bom lembrar que classificações desse tipo são subjetivas e desnecessárias.

Em tempo: o filme tem cinco cenas pós-créditos. Vale ficar na sala até o fim completo da projeção.

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