° / °

Viver
Literatura

Atmosfera do jazz permeia novo livro de Weydson Barros Leal, que será lançado nesta terça-feira

Ópera jazz presta tributo a grandes artistas do gênero norte-americano, além de fazer referências a vários personagens da literatura

Publicado: 25/04/2017 às 21:09

Escritor pernambucano lança o livro na Arte Plural. Foto: Helder Tavares/DP/

Escritor pernambucano lança o livro na Arte Plural. Foto: Helder Tavares/DP/

Uma noite regada a gim e martini, protagonizada por personagens de romances clássicos da literatura universal, ao som de uma trilha sonora escolhida a dedo. Na mesa do bar Montreux, o papo (ora cabeça, ora despojado) vai até o Sol raiar. Poderia ser o enredo de um longa-metragem do cinema alternativo ou de um espetáculo musical em cartaz na Broadway, mas é o mote de uma poesia cujos versos brancos e alexandrinos se estendem por quase 200 páginas.

Confira os horários dos filmes em cartaz no Divirta-se

Nova empreitada literária do crítico de arte e escritor pernambucano Weydson Barros Leal, Ópera jazz (Editora Confraria do Vento, R$ 45) será lançada nesta terça-feira (25), às 19h, na Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife).

Dividido em 21 capítulos, o livro acompanha Giovanni (Drogo, de O deserto dos tártaros, de Dino Buzzati) ao chegar a um estabelecimento e encontrar outros “personagens fantasmagóricos”, como Anna (Karenina, de Liev Tolstói) e Emma (Bovary, de Gustave Flaubert).

“É nada mais, nada menos, do que o conceito antropofágico, que todos nós fazemos. Toda arte se alimenta de outra arte. Essas são figuras de romances que marcaram a minha vida. Giovanni é uma homenagem que faço a um dos livros mais lindos e fantásticos da literatura mundial, enquanto essas mulheres têm em comum a rebeldia, a transgressão social. Todas elas tiveram uma vida sexual muito ativa, um conflito em suas histórias”, frisa Weydson Barros.

As histórias de amor rememoradas pelos personagens são entrecortadas por referências ao universo do jazz, do rock e do blues. Cantores e compositores são lembrados aos montes, perfilados como um batalhão: B. B. King, Nat King Cole, Sammy Davis, Serge Gainsbourg, Nina Simone, Chet Baker, John Coltrane, Duke Ellington, Bill Evans, Gil Scott-Heron.

Mas o texto não se limita aos clássicos. Também estão lá artistas contemporâneos, como Norah Jones, Macy Gray, Joss Stone, Lauryn Hill, Corine Bailey Rae, inclusive alguns brasileiros, como Caetano Veloso, João Gilberto, Jorge Ben, Elis Regina.

“A minha intenção é prestar homenagens a estes artistas que fazem companhia a mim e tornam a vida da gente mais bacana. É uma maneira de fazer agradecimento a personagens vivos, como (o artista pernambucano) Jomard Muniz de Britto, que é uma metáfora de grandeza, de poesia viva. Por outro lado, é também um incentivo. É como se eu dissesse: ‘Leiam esses livros que eles são sensacionais. Escutem essas cantoras fantásticas: Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan…”, completa Weydson Barros.

 
Acompanhe o Viver no Facebook:

Mais de Viver