Televisão Na segunda temporada de Andante, Maestro Forró explora a música cubana Novos episódios da série pernambucana estão sendo exibidos no canal Futura

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

Publicado em: 12/03/2017 18:01 Atualizado em:

Com 13 episódios, série Andante apresenta curiosidades da música cubana. Foto: Canal Futura/Divulgação
Com 13 episódios, série Andante apresenta curiosidades da música cubana. Foto: Canal Futura/Divulgação
Em sua segunda temporada, a série Andante apresenta um intercâmbio entre a musicalidade brasileira e cubana. Conduzida pelo pernambucano Maestro Forró, a produção estreou na sexta-feira, no canal Futura, mas é reprisada de sábado a terça-feira, em horários variados ao longo da programação. Acompanhado de três pessoas da produção, o músico e regente pernambucano, fundador da Orquestra Bomba do Hemetério, diz que levou os "instrumentos, a voz e o corpo" para o país cubano. A partir daí, os improvisos e encontros musicais foram mais uma vez o trunfo do programa, dirigido por Alessandro Guedes.

Em agosto do ano passado, a atração foi lançada em evento no Paço do Frevo, mas a exibição da segunda temporada na televisão é inédita. Já transmitida por canais como TV Universitária e Globo Nordeste, o primeiro ano, gravado nos países Turquia, Bulgária e Romênia, reuniu dez episódios, que voltarão a ser exibidos no canal depois da segunda. As filmagens em terras cubanas duraram cerca de 40 dias.

Entrevista // Maestro Forró

Como foram as gavações em Cuba?
A gente gravou 13 episódios em Cuba. Foi surpreendente e maravilhoso. É um momento em que a gente consegue aprofundar a percepção de que todos nós somos filhos de um só universo e que, em algum momento, algumas pessoas decidiram segmentar as coisas. Mas as coisas estão liquidificadas mesmo. A gente não percebe isso. Tanto na primeira, como na segunda temporada, a gente vem ampliando as similaridades. Tem instumentos em Cuba que são iguais em outros lugares do mundo. Só muda o nome. Por exemplo, a formação das orquestras populares da música cubana é muito parecida com a nossa aqui do Nordeste. Instrumentos de sopro e de percussão, as  batidas são muito próximas ao do coco e roda. Há influências e similaridades políticas e culturais também.

O que a série destaca desse intercâmbio cultural?
A gente amplia mais essa coisa. O destaque principal são as afinidades. sobretudo humanas e culturais. A gente foi para uma comunidade no oriente cubano que se parece com a Zona da Mata de Pernambuco. A gente vê brincadeiras que lembram o maracatu rural. Eles têm uma brincadeira com influência haitiana. Eles têm muitos rituais e brincadeiras que lembram as brincadeiras que eu vejo desde criança. Tem coisa que parece maracatu, há muita semelhança com o carnaval de rua. Tem muita sensualidade também.

Quais artistas vocês entrevistaram?
Músicos artistas, pesquisadores, cinegrafistas, cineastas, grupos de dança. No programa, tem no mínimo 22 atrações de diferentes cenários e áreas. Tanto na primeira como na segunda temporada, há uma variedade enorme. O que assusta e impacta é a diversidade que a gente conseguiu interagir e na grande maioria que você vai vê-lo, Foi ensaiado e a gente conhecia na hora. Primeiro momento, a gente entrevista, no segundo, dá espaço para o que eles quiserem mostrar.

Há uma possibilidade de terceira temporada?
A gente já começou a conversar, mas ainda não há nada definido. Nas duas temporadas, a gente ficou surpreso com o nível conquistado.


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