Assédio
José Mayer nega assédio a figurinista: 'Não misturem ficção com realidade'
Ator afirmou que "respeita as mulheres e os colegas de trabalho"
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 31/03/2017 18:55 Atualizado em: 31/03/2017 19:20
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| Em depoimento, a figurinista da Globo afirmou que sofria com as cantadas do ator há cerca de oito meses. Foto: Globo/Divulgação |
O ator global José Mayer, 67 anos, negou ter assediado sexualmente a figurinista Susllem Tonani nos estúdios da Rede Globo. Em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo, mesmo veículo que publicou, na manhã desta sexta-feira (31), o relato de Tonani, Mayer afirmou que "respeito muito as mulheres, meus companheiros e o meu ambiente de trabalho". Ele pediu que as pessoas "não misturem ficção com realidade" e que as palavras e atitudes atribuídas a ele "são próprias do machismo e da misoginia do personagem Tião Bezerra (que ele interpreta na novela A lei do amor), não são minhas! Nesses 49 anos trabalhando como ator sempre busquei e encontrei respeito e confiança em todos que trabalham comigo".
De acordo com o relato de Tonani, publicado em um dos blogs do jornal, Mayer "colocou a mão esquerda na sua genitália" em fevereiro deste ano, na presença de outras duas mulheres em um dos camarins da Globo. No depoimento, ela diz ainda que sofre com cantadas do ator há oito meses. "Trabalhando de segunda a sábado, lidar com José Mayer era rotineiro. E com ele vinham seus 'elogios'. Do 'como você se veste bem', logo eu estava ouvindo: 'como sua cintura é fina', 'fico olhando sua bundinha e imaginando seu peitinho', 'você nunca vai dar pra mim'?".
Tonani conta que, alguns dias depois do incidente no camarim, sofreu um novo constrangimento, desta vez em público, durante a gravação de uma das cenas de A lei do amor. "Ele no centro, sob os refletores, no cenário, câmeras apontadas para si, prestes a dizer seu texto de protagonista. Neste momento, sem medo, ameaçou me tocar novamente se eu continuasse a não falar com ele. E eu não silenciei.' VACA', ele gritou. Para quem quisesse ouvir. Não teve medo. E por que teria, mesmo?". Em nota, a assessoria da Globo afirmou que a emissora não comenta assuntos internos e que "repudia toda e qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito". O comunicado diz ainda que o assunto foi apurado e que a empresa tomou "as medidas necessárias".
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