Em família
'A coisa que eu menos escuto é Gonzaguinha e Luiz Gonzaga', diz neto do Rei do Baião
Cantor Daniel Gonzaga fará participação no show em homenagem ao pai, "Gonzaguinha, tudo outra vez", em cartaz na Caixa Cultural
Por: Fellipe Torres - Diario de Pernambuco
Publicado em: 23/03/2017 11:43 Atualizado em: 23/03/2017 11:16
Obra de Gonzaguinha será lembrada em show musical no Recife. Foto: Acervo/ Paulo Vanderley |
No palco, os músicos Fábio Luna (flauta, cavaquinho, zabumba e bateria), Marcelo Caldi (acordeom e teclados), Neil Carlos (violão e baixo) e Fabiano Salek (bateria e percussão) se revezam nos vocais em apresentações solo e em dueto. No encerramento do espetáculo, Daniel Gonzaga, músico e filho de Gonzaguinha, faz participação com duas músicas.
Daniel Gonzaga faz participação no show. Foto: Stella Lima/Divulgação |
No repertório da apresentação, há canções consagradas como Começaria tudo outra vez, Geraldinos e Arquibaldos, Explode coração, O que é? O que é?, Diga lá meu coração, Espere por mim morena, Grito de alerta. Na fase de idealização do projeto, explica Fábio Luna, o grupo buscou colocar na set list o máximo possível de músicas, inclusive com alguns medleys, para dar conta da obra do homenageado.
"Por mais que ele tenha morrido cedo, deixou uma discografia muito variada e rica. Juntamos os sucessos indispensáveis a canções mais 'lado B'. O conjunto traduz muito da minha memória afetiva em relação a Gonzaguinha, com músicas de vários momentos", frisa o cantor e multi-instrumentista Fábio Luna, integrante do Quateto do Rio, antigo Os Cariocas.
SERVIÇO
Show Gonzaguinha, tudo outra vez
Quando: quinta e sexta, às 20h, e sábado às 17h e 20h
Onde: Caixa Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Informações: 3425-1915
DUAS PERGUNTAS /// Daniel Gonzaga, músico e filho de Gonzaguinha
Você já gravou disco e dirigiu espetáculo em homenagem a seu pai. Como enxerga esse novo tributo?
Os músicos são muito delicados e o repertório compreende tudo o que meu pai queria dizer. Eles vão variando entre os instrumentos e conseguem criar diferentes climas, um mais nordestino, outra mais alegre... Já passamos com esse projeto por São Paulo, Curitiba e Fortaleza. É sempre gostoso. Um reencontro de velhos amigos.
Um comentário recorrente é o quanto o seu timbre de voz é parecido com o de Gonzaguinha. As comparações o incomodam? No que a sua carreira se aproxima e se afasta da obra dele?
Sou um músico diferente, outra pessoa. Basta ouvir as gravações para entender isso. A coisa que eu menos escuto é Gonzaguinha e Luiz Gonzaga. Gosto de rock. Acontece que na Editora Moleque (dona dos direitos editoriais de Gonzaguinha) tenho esse lado de empreender o artista. Sou um produtor post mortem, vivo uma maratona para manter o nome dele vivo e, por isso, a confusão. Mesmo ausente por 26 anos, ele continua sendo valorizado pelas ideias, que não estão gastas ou ligadas à política, por exemplo.
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