Com 20 episódios, minissérie Justiça foi um dos destaques de 2016. Foto: Globo/Divulgação

Em especial na Globo, as minisséries ganharam mais atenção do público brasileiro. Nos últimos anos, boas produções do segmento foram apresentadas para o público. Um levantamento do Kantar Ibope apontou o gênero como um dos mais vistos pelos telespectadores da TV aberta, ao lado de novelas e futebol. Enquanto o canal Viva mata a saudade do público com reexibições de títulos clássicos da emissora, o serviço de streaming Globo Play oferece um arsenal de produções recentes da teledramaturgia brasileira, incluindo novelas, séries e minisséries.

As minisséries da emissora conquistam cada vez mais respaldo da crítica e do público ao ampliar a fórmula de teledramaturgia com elementos mais próximos do cinema. A parceria entre José Luiz Villamarim (Redemoinho) e o diretor de fotografia Walter Carvalho (Getúlio, O céu de Suely) já rendeu bons frutos, como O canto da sereia (2013), Amores roubados (2014) e Justiça (2016), considerada o principal lançamento do ano passado da Rede Globo.

As obras têm em comum a narrativa mais coesa, uma liberdade temática e uma fotografia diferenciada. Como nem todo o mundo é de carnaval, o Viver selecionou algumas sugestões de séries curtas para maratonar no feriado profano.

Com 20 episódios, minissérie Justiça foi um dos destaques de 2016. Foto: Globo/Divulgação

Justiça (2016):
Com 20 episódios, a minissérie foi exibida entre agosto e setembro do ano passado. Escrita por Manuela Dias, a trama apresenta um formato pouco explorado na televisão brasileira, principalmente na TV aberta. Seguindo os moldes de Sessão de terapia (2012-2014), a trama foi dividida de acordo com as narrativas de quatro protagonistas - Débora Bloch,  Adriana Esteves, Leandra Leal e Luisa Arraes - que se confundiam em determinado momento. Cada episódio semanal narrava a história de um dos personagens, que, nos episódios seguintes, eram coadjuvantes. Temas como machismo, estupro, corrupção e eutanásia foram abordados na produção.
Disponível no Globo Play.

Cauã Reymond vive gêmeos de índoles opostas em Dois irmãos. Foto: Globo/Divulgação

Dois irmãos
A minissérie, exibida em janeiro deste ano, foi mais uma produção assinada por Luiz Fernando Carvalho na Globo. A adaptação do livro homônimo de Milton Hatoum acompanha conflitos familiares a partir da predileção de uma mãe por um dos filhos gêmeos, vividos por Cauã Reymond. A diferença de personalidade entre eles, que crescem em constante embate, é o ponto crucial da trama, que contou com boas atuações, como Eliane Giardini, Antonio Fagundes e o pernambucano Irandhir Santos, além do protagonista.
Disponível no Globo Play.

Maria Fernanda Cândido e Enrique Díaz estão na minissérie Felizes para sempre?. Foto: TV Globo/Divulgação

Felizes para sempre?
A televisão brasileira também é reflexo da proximidade com o cinema. Com dez episódios, a minissérie Felizes para sempre?, exibida em 2015 e assinada por Euclydes Marinho, foi dirigida por Fernando Meirelles, responsável por filmes como Cidade de Deus e O jardineiro fiel. Entre as tramas abordadas, uma prostituta de luxo que se apaixona por uma mulher casada. O elenco conta com Paolla Oliveira, Enrique Díaz e Maria Fernanda Cândido.
Disponível no Globo Play.

Após estreia como minissérie, Doctor Foster ganhou encomenda de segunda temporada. Foto: BBC1

Doctor Foster
A produção britânica começou como uma minissérie de cinco episódios de uma hora, mas teve a encomenda de uma nova temporada e foi transformada em série. A produção da BBC1 acompanha a história de uma mulher que começa a desconfiar do marido. Casada com Simon (Bertie Carvel), a médica Gemma Foster, vivida por Suranne Jones, é chefe de um hospital de uma cidade inglesa. O casamento é estável, até que ela encontra um fio de cabelo louro na roupa do marido.
Disponível na Netflix.

Stellan Skarsgard vive detetive no drama policial River. Foto: BBC1/Divulgação

River
Com seis episódios, a minissérie britânica River, também da BBC, é estrelada pelo ator sueco Stellan Skarsgard, intérprete do brilhante detetive John River, obstinado em desvendar o assassinato de sua colega de trabalho, Jackie Stevenson (Nicola Walker). Afastado do caso, ele ainda sofre com o fantasma de Jackie, que tem aparecido para ele. Criada por Abi Morgan (The hour) e dirigida por Richard Laxton, a produção estreou em Londres em 2015 e foi aclamada pela crítica internacional. O drama policial tem como diferencial explorar o lado psicológico do personagem.
Disponível na Netflix.

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