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Música e ativismo 'Forró, funk e arrocha também são pop', avalia Pabllo Vittar Artista, com show marcado no Recife nesta sexta-feira (24), lançou recentemente o primeiro disco autoral. Confira entrevista

Por: Matheus Rangel

Publicado em: 24/02/2017 18:00 Atualizado em: 02/03/2017 08:48

Visualmente, são as perucas de cabelos lisos e geralmente compridos (Pabllo tem mais de 20 delas), o piercing no nariz e a cintura bem definida que configuram a marca registrada da artista. Foto: Marlon Brambilla /Divulgação
Visualmente, são as perucas de cabelos lisos e geralmente compridos (Pabllo tem mais de 20 delas), o piercing no nariz e a cintura bem definida que configuram a marca registrada da artista. Foto: Marlon Brambilla /Divulgação


"Se nos perguntarmos, o que é pop, afinal? Funk, arrocha, forró... Tudo isso é pop porque é o que o povo gosta". A declaração de Pabllo Vittar resume a essência de Vai passar mal, primeiro álbum da sua carreira. O disco da drag queen maranhense, lançado no início de janeiro, aposta em faixas com sonoridades brasileiras como o technobrega, forró e arrocha, sem deixar de lado as batidas eletrônicas características da pop music. A miscelânea é comum aos fãs de Vittar: foi com uma versão "abrasileirada" de Lean on, hit de Major Lazer, DJ Snake e MØ, que ela despontou nas baladas e passou a fazer sucesso.

Confira o roteiro de shows e prévias no Divirta-se

Sob o título de Open bar, a faixa sobre superação amorosa serviu de vitrine para que Pabllo ganhasse destaque não apenas nas casas de festa: a cantora foi contratada como vocalista da banda do programa Amor & sexo, comandado por Fernanda Lima nas noites de quinta-feira na Globo. Open bar também rendeu a Vittar uma parceria com Diplo, que assina a produção da música original, na faixa Então vai. "E vem muito mais por aí, podem esperar muitas colaborações e projetos. Estamos trabalhando neles agora", promete Pabllo em entrevista ao Viver.

Apesar do espaço na TV - muito importante, ela pontua - é nas casas noturnas que seu trabalho é consolidado (e testado, avaliado...). "Minha agenda está lotada. Depois da Open bar tour, agora estou rodando o Brasil com o show do Vai passar mal e fico muito feliz em poder levar meu trabalho para tantos lugares diferentes", diz. Sobre a diferença entre as duas apresentações, comenta: "É um show diferente, tem mais músicas do meu CD. Também não posso deixar de cantar as mais antigas, se não sou linchada pelo público". Nesta sexta-feira que antecede o carnaval, o show é no Clube Metrópole, a partir das 22h. "Podem esperar muita bateção de cabelo, fechação e hit pra gente dançar, como sempre", promete. Será o sétimo dela na cidade.

Foto: Marlon Brambilla /Divulgação
Foto: Marlon Brambilla /Divulgação


Ao longo do último ano, entre um voo e outro na agenda lotada, Pabllo arrumou tempo para gravar Vai passar mal. Em estúdios em Uberlândia, onde mora, no Rio de Janeiro, em São Paulo e até em Brasília: "Foi um trabalho árduo e muita coisa mudou ao longo de um ano. Mas conseguimos colocar tudo que queríamos e estamos muito felizes com o resultado". Inserir elementos antes pouco convencionais nas baladas em que frenquentava, como o technobrega, não foi difícil para Pabllo. "Foi uma junção de tudo que eu sou acostumada a escutar. Sou do Maranhão mas morei por muito tempo no Pará e sempre ouvi cumbia, lambada...", conta ela.

Visualmente, são as perucas de cabelos lisos e geralmente compridos (Pabllo tem mais de 20 delas), o piercing no nariz e a cintura bem definida que configuram a marca registrada da artista. Na parte musical, é a voz potente que chama a atenção do público. Por ser aguda, já despertou comentários homofóbicos: "Claro que eu leio o que falam de mim na internet. Todo mundo lê. Mas só absorvo as coisas boas, só o que importa".

Assista ao clipe de Todo dia, nova aposta do álbum:



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