Carnaval
Escola de samba do Rio de Janeiro homenageia Ivete Sangalo. Veja como será o primeiro dia de desfiles
A cantora baiana será tema da Unidos da Grande Rio e desfilará ao lado do marido e do filho
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 26/02/2017 20:00 Atualizado em:
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| Enredo da Grande Rio narra, em primeira pessoa, a trajetória da artista. Foto: Daniel Castelo Branco/Reprodução |
Neste domingo (26), a partir das 22h20, a Rede Globo exibe a primeira noite de desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. Entram na Marquês de Sapucaí, em ordem, Paraíso do Tuiuti, Grande Rio, Imperatriz, Vila Isabel, Salgueiro e Beija-Flor. Cada agremiação tem de 65 a 80 minutos para se apresentar. No primeiro enredo da noite, Carnavaleidoscópio tropifágico, a Paraíso do Tuiuti homenageia o movimento tropicalista com uma letra que menciona músicas de artistas como Os Mutantes e Caetano Veloso. De acordo com o enredo, o tropicalismo é mais que música - "é uma atitude, é o movimento que orienta o carnaval".
Já a Unidos da Grande Rio homenageia Ivete Sangalo com Hoje é dia de Ivete, que narra, em primeira pessoa, a trajetória da cantora, desde a infância em Juazeiro, na Bahia, até a chegada ao Rio de Janeiro. "Cantei a noite buscando o que eu queria / Alegria! Alegria! / Guitarra, frevo, tambores que têm magia / Ê Bahia! Ê Bahia! / Com a Eva encantei toda cidade / No trio arrastei as multidões / Canto a minha verdade, africanidade / Mistura de emoções / Meu timbau virou sucesso internacional / Nos palcos do mundo, o estrelato, a consagração / Comunidade, povo do gueto, eu sou", diz a letra. Ivete deve desfilar no último carro alegórico da escola, ao lado do marido e do filho.
O enredo da Imperatriz Leopoldinense, Xingu, clamor que vem da floresta, homenageia a luta do povo indígena - e não agradou empresários do agronegócio. A jornalista Fabélia Oliveira também indignou-se com o enredo e, durante o programa Sucesso do campo, da TV Record Goiás, defendeu a morte dos indíos por malária, tétano e parto. "Eles querem a mata para preservar a cultura deles? Então eles vão viver da cultura deles", disse ela. "Se ele quer preservar a cultura ele não pode ter acesso à tecnologia que nós temos. Ele não pode comer de geladeira, tomar banho de chuveiro e tomar remédios químicos. Ele vai ter que morrer de malária, de tétano, do parto. É a natureza. Vai tratar da medicina do pajé, do cacique, que eles tinham".
O enredo da Imperatriz Leopoldinense, Xingu, clamor que vem da floresta, homenageia a luta do povo indígena - e não agradou empresários do agronegócio. A jornalista Fabélia Oliveira também indignou-se com o enredo e, durante o programa Sucesso do campo, da TV Record Goiás, defendeu a morte dos indíos por malária, tétano e parto. "Eles querem a mata para preservar a cultura deles? Então eles vão viver da cultura deles", disse ela. "Se ele quer preservar a cultura ele não pode ter acesso à tecnologia que nós temos. Ele não pode comer de geladeira, tomar banho de chuveiro e tomar remédios químicos. Ele vai ter que morrer de malária, de tétano, do parto. É a natureza. Vai tratar da medicina do pajé, do cacique, que eles tinham".
Não é só a Paraíso do Tuiuti que decidiu falar sobre música - a Vila Isabel apresenta o enredo O som da cor, que vai falar sobre os diferentes estilos musicais que formam a identidade brasileira e latina. "A pele arrepia ao som da batida / Força dos meus ancestrais / Herança que faz ressoar o rufar do tambor / Pra gente dançar assim, feliz / Maracas encontram tamborins / O reggae celebra mensagens de paz / Oh minha flor, quero você em meus braços / Bailando no mesmo compasso / Um tango de drama e amor", diz a letra.
A literatura também tem vez na Sapucaí. A Salgueiro, campeã nove vezes, se baseou no livro A divina comédia, de Dante Alighieri. "Vou embarcar em ilusões / À loucura me entregar / Prazer (ô prazer) / Sou poeta delirante, o amante / Na profana liberdade / Devoto da infernal felicidade / Quero o gostoso veneno do beijo / Saciar o meu desejo / Me embriagar / Nos braços da folia me jogar / Vou me perder pra te encontrar / Enlouquecer, morrer de amar! / Pra que juízo, amor? A noite é nossa / Do jeito que o pecado gosta", diz o enredo, intitulado A divina comédia do carnaval.
Literário será também o desfile da Beija-Flor. Com o enredo A virgem dos lábios de mel, Iracema, as alegorias da escola devem tratar da feminilidade da personagem indígena criada por José de Alencar. Na segunda-feira (27), desfilam, a partir das 22h20, União da Ilha, São Clemente, Mocidade Independente de Padre Miguel, Unidos da Tijuca, Portela e a atual campeã do carnaval do Rio, Mangueira.
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