Televisão Garoto de programa em Aquarius, pernambucano viverá cacique na Globo Allan Souza de Lima estará em Novo mundo, próxima trama das 18h

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

Publicado em: 15/01/2017 14:00 Atualizado em:

Allan Souza de Lima ganhou o prêmio de melhor ator de curta-metragem no Festival de Gramado - Foto: Edison Vara/PressPhoto
Allan Souza de Lima ganhou o prêmio de melhor ator de curta-metragem no Festival de Gramado - Foto: Edison Vara/PressPhoto
Dos atores pernambucanos que recentemente ganham projeção nacional, Allan Souza de Lima, de 31 anos, destaca-se pela versatilidade. Entre 2015 e 2016, ele foi um pedreiro em A regra do jogo, um garoto de programa no premiado longa-metragem Aquarius e foi diretor e protagonista do curta-metragem O que teria acontecido ou não naquela calma e misteriosa tarde de domingo no jardim zoológico, pelo qual foi premiado Melhor Ator no Festival de Gramado do ano passado.

Em 2017, ele será protagonista do filme Jogos clandestinos, dirigido por Caco Milano e Leonardo Ferraz. Em março, estreia na novela Novo mundo, de Thereza Falcão e Alessandro Marson, às 18h, da Globo.  Desde 2008, o pernambucano atua na teledramaturgia brasileira, com trabalhos em produções como Os Mutantes: Caminhos do coração (Record) e A regra do jogo (Globo). "Agora comecei a ter uma assinatura na televisão. Em uma crescente, estou conseguindo meu espaço", analisa o ator.

2016 foi um ano bom para você?
Profissionalmente, da minha parte, foi incrível. É difícil a situação que a gente está vivendo hoje no país. Mas foi um ano de colheita em relação à minha profissão. Além de ter feito A regra do jogo, fiz o longa-metragem Jogos clandestinos como protagonista, que deve estrear neste ano. Uma colheita que venho paralelamente criando através da minha produtora, desenvolvendo como artista e empreendedor. Essa coisa de ter ido para o Festival de Cannes com Aquarius e de ter ganhado o prêmio de Melhor Ator em Gramado, tudo é um reflexo do que venho construindo.  É tão difícil um ator hoje que fica dependendo do mercado. Eu quero contar minha própria história. Eu acho mais interessante convidar as pessoas, que ser convidado.

Dessa colheita, o que vem por aí em 2017?
Para este ano, tenho engatilhado alguns projetos. Estou na novela Novo mundo, que vou estrear em março e vai até setembro. Novela já consome bastante. Estou com um filme de Jaime Monjardim, que devo começar em fevereiro. Também estarei em Jamais ou Calabar, peça do Doc Comparato com direção de Jorge Farjalla, que será ensaiada no Recife entre agosto e setembro. Vai ser um projeto enorme.

O que pode adiantar do personagem em Novo mundo?
Eu fiz um campo de pesquisa agora no fim de ano. Passei seis dias em uma tribo de indígena em Marabá, uma aldeia no interior do Pará. Vou ser um cacique. As gravações começam nesta semana. Digamos que vou ser o representante dos índios da Terra Brasilis na novela. A gente passou por uma série de provas, a gente conviveu com eles. Teve rituais indígenas, que a gente não pode falar tanto até por um pedido deles e da Funai. Comi jabuti semi cru. Tive uma convivência mais direta com o cacique. No terceiro dia, a gente já estava vivendo quase que nem índio.

Com essa recente visibilidade, você procura se privar de algo?
Cabe ao artista querer ou não a invasão de privacidade. Não falo da minha vida pessoal em entrevistas. Eu evito redes sociais. Black mirror está aí para falar sobre isso. Nós vivemos em uma rede social.

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