Por: Eduarda Fernandes
Publicado em: 27/12/2016 19:04 Atualizado em: 27/12/2016 20:40
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| Nova produção da Netflix peca ao não recompensar a curiosidade do espectador. Foto: Netflix/Divulgação |
Uma criança cega desaperece da casa dos pais misteriosamente. Sete anos depois, a jovem, Prairie, é encontrada - enxergando perfeitamente. Pela premissa, The OA parece misturar Stranger things com Sense8 e uma pitada de Arquivo X. As aparências, no entanto, enganam, e a nova série da Netflix não se parece com nenhuma das outras produções - o que não é necessariamente um elogio.
No primeiro episódio, iniciado com a cena de Prairie (interpretada por Brit Marling) se jogando de uma ponte e acordando no hospital, a série se mostra como um mistério que o público deve solucionar juntando as pistas deixadas pelos personagens. Ao longo dos oito episódios, no entanto, The OA levanta vários questionamentos que não consegue responder, seja por insuficiências no roteiro ou por falhas na concepção. A história do que aconteceu com Prairie ao longo dos sete anos é extensa e a série não parece ter pressa para contá-la. O que parecem ser pistas são questões irrelevantes e não levam a lugar algum.
A série fica ainda mais confusa quando o público descobre que Prairie (que, após o retorno, só aceita ser chamada de OA) é, na verdade, Nina, uma criança russa que perdeu a visão depois de um acidente de ônibus. A história de como Nina tornou-se Prairie que se tornou OA não é totalmente explicada e não necessariamente aguça a curiosidade do espectador - de fato, quanto mais perguntas são respondidas, mais são feitas, e as lacunas rapidamente dão lugar à frustração.
Criada por Marling e Zal Batmanglij, responsáveis pelo elogiado suspense A seita misteriosa, de 2011, The OA é produzida pelo ator Brad Pitt e conta ainda com Scott Wilson (The walking dead), Jason Isaacs (Harry Potter) e Phyllis Smith (The office) no elenco. Uma segunda temporada ainda não foi confirmada.
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