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Cinema Minha Mãe É uma Peça 2 estreia nesta quinta com tentativa de repetir fórmula do primeiro filme Paulo Gustavo retorna à pele de Dona Hermínia para tratar, com humor, da controversa relação entre mães e filhos em outro provável blockbuster

Por: Breno Pessoa

Publicado em: 22/12/2016 12:46 Atualizado em: 23/12/2016 13:41

Paulo Gustaco reencarna Doma Hermínea em Minha Mãe É uma Peça2. Foto: Downtown Filmes/Divulgação
Paulo Gustaco reencarna Doma Hermínea em Minha Mãe É uma Peça2. Foto: Downtown Filmes/Divulgação


É fato: parte expressiva das recentes grandes estreias do cinema são remakes, continuações ou filmes derivados de franquias já bem estabelecidas. Amplamente visto na indústria norte-americana, o movimento ganha cada vez mais adeptos no Brasil, como sinaliza a estreia, nesta quinta-feira (22), de Minha mãe é uma peça 2 em diversas salas do país (21 na Região Metropolitana do Recife).

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Questões relativas à originalidade (ou falta dela) nos filmes merecem ser discutidas. Mas, diante da aceitação que títulos consagrados costumam ter em continuações, talvez o mais problemático não seja a falta de novidades, mas a acomodação naquilo já bem estabelecido.

E, considerando que Minha mãe é uma peça (2013) foi um dos maiores sucessos das bilheterias do cinema nacional, parece haver, na sequência, uma tentativa de repetir a fórmula do antecessor. Há avanços na trama, mas nada que mude drasticamente o rumo dos personagens. Carro-chefe de um programa televisivo sobre maternidade, Dona Hermínia (Paulo Gustavo) vive agora em um apartamento maior e continua tendo problemas relacionados ao ex-marido, Carlos Alberto (Herson Capri), e aos filhos, Marcelina (Mariana Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo).

A dificuldade de Dona Hermínia continua sendo a excessiva preocupação e superproteção dos filhos, questão que é agravada com o desejo das crias de deixar o lar da mãe e seguir novos rumos. No campo técnico, repete-se um problema do filme anterior e de outras comédias nacionais: Minha mãe é uma peça 2 padece de vícios televisivos. A direção de César Rodrigues (da sitcom Vai que cola) tem planos bastantes convencionais e pouco movimento de câmera.

São raras as vezes em que atores homens interpretam papéis cômicos femininos sem cair em uma atuação depreciativa. Os integrantes do grupo de humor inglês Monty Python, por exemplo, são exemplos bem-sucedidos nesse campo e conseguiram representar, de forma engraçada e não ofensiva, o que eles consideravam as típicas donas de casa britânicas de meia-idade. Paulo Gustavo realiza proeza similar ao encarnar Dona Hermínia, personagem que reúne todo tipo de estereótipos relacionados a mães e, ao mesmo tempo, parece também uma representação que venera as figuras maternas. É esse visível respeito que ameniza o lado mais caricatural e verborrágico da atuação do protagonista.

Confira o trailer:



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