Televisão Governo colombiano pede retirada de cartaz de Narcos na Espanha A publicidade "afeta negativamente a imagem da Colômbia", alegou ministra

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 15/12/2016 21:03 Atualizado em:

O ator brasileiro Wagner Moura aparece na imagem ao lado do texto "Natal branco". Foto: El Tiempo/Reprodução
O ator brasileiro Wagner Moura aparece na imagem ao lado do texto "Natal branco". Foto: El Tiempo/Reprodução


A Ministra das Relações Exteriores da Colômbia pediu que um banner publicitário da série Narcos, da Netflix, fosse retirado da praça Puerta del Sol, em Madri, na Espanha. Maria Angela Holguin afirmou que entrou em contato com a plataforma de streaming e com o governo espanhol para que a peça, que ela considera "afetar negativamente a imagem da Colômbia", não seja mais usada.

O banner, que mostra o ator brasileiro Wagner Moura, intérprete do traficante de drogas Pablo Escobar na série, ao lado da frase "Ah, Natal branco" - uma clara referência à cocaína - também foi usado nas redes sociais da Netflix. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que está na Europa com Holguin, também comentou o caso durante uma entrevista a uma rádio espanhola.

"A série é ótima, faz sucesso no mundo inteiro", disse Santos. "O problema é que os colombianos viveram esse drama e nós sempre sofremos com essas memórias. Dói muito lembrar disso. Escobar foi um assassino que, sob nenhuma circunstância, merece ser exaltado como herói", completou.

Colombianos que moram em Madri parecem compartilhar da opinião do presidente e da ministra e fizeram uma petição online para que o banner seja removido. "É ofensivo que, em um dos lugares mais emblemáticos de Madri, onde milhares de pessoas de todo o mundo passam todos os dias, a Netflix tenha colocado um pôster de Narcos com uma imagem do ator que interpreta o traficante de drogas mais sangrento da história da Colômbia com o texto irônico 'Natal branco'", diz a petição.

De acordo com o jornal colombiano El Tiempo, uma porta-voz da cidade de Madri disse que o governo não tem planos para retirar a publicidade, já que ela não infringe nenhuma lei ou regulamento, e que a mensagem é sutil demais para ser considerada um incentivo ao uso de drogas.

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