Artes visuais
Galo de Souza comemora 20 anos de carreira com exposição no Parque Dona Lindu
Grafiteiro e MC ocupa Galeria Janete Costa com murais, telas, vídeos e objetos
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 16/12/2016 09:29 Atualizado em: 16/12/2016 08:25
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| Artista visual começou no pixo, aos 9 anos, e passou a grafitar aos 16 anos. Crédito: Carol Chaves Madureira/Divulgação |
A arte se entrelaçou à vida de Galo de Souza como uma válvula de escape de um cotidiano desfavorável. Por meio da música e do grafite, o artista reinventou a própria vida e ainda estimulou quem pensava como ele a criar beleza e refletir sobre sua própria situação, criando parcerias. Seus 20 anos de trajetória na arte urbana são comemorados na exposição O invisível notável, em cartaz a partir de hoje na Galeria Janete Costa, localizada no Parque Dona Lindu.
O nome da mostra tem a ver com a própria natureza do trabalho de Galo: após deixar de fazer pixações - que começou a realizar com apenas nove anos - partiu para o grafite aos 16 e passou anos vendo sua obra aparecer mais do que a si mesmo. O momento, agora é o de mostrar ao público sua contribuição para o amadurecimento da arte urbana no Recife. Além da mostra, em breve Galo pretende lançar um documentário sobre sua vida e um EP cujas músicas vão servir como trilha sonora para este trabalho. Hoje, a partir das 22h, também vai haver uma festa para comemorar a abertura da mostra no Centro Cultural Arvoredo, em Olinda.
De acordo com Galo, a exposição traz um panorama variado de sua produção voltada para a arte urbana, mas ele não deixa de ressaltar a importância da música em sua formação. "A mostra tem um pouco de retrospectiva, com fotos e caderninhos antigos, que vão estar em uma mesa, além de trabalhos novos, tanto na parede da galeria como em telas. Foi o rap que me levou para o grafite. Ele me levou para as perguntas certas e fui atrás das respostas. Eu tinha a necessidade de me expressar também por meio da tinta, mas não tinha spray, não tinha apoio. Quanto mais eu fazia, mais sentia a necessidade de criar uma cena na cidade. O rap abriu meu mundo".
+ DESTERRO
A artista plástica Juliana Notari abre a exposição Desterro - enquanto eles cresciam amanhã, no Museu da Cidade do Recife (Forte das Cinco Pontas, bairro de São José). Juliana deixou os pêlos crescerem por dois anos e o resultado desse cultivo e de sua retirada é matéria-prima para fotografia, desenho, escultura e videoperformance. O local está aberto à visitação de terça a domingo, das 9h às 17h e a classificação indicativa é de 18 anos.
MUSEU DA ABOLIÇÃO
A presença do povo negro no Brasil é tema da exposição Diáspora, que tem abertura às 19h de hoje e conta com paineis, telas e esculturas do artista plástico brasiliense Josafá Neves. A mostra estará em cartaz no Museu da Abolição (Rua Benfica, 1150, Madalena). Entrada gratuita.
SERVIÇO
Exposição O invisível notável: 20 anos depois - Galo de Souza
Onde: Galeria Janete Costa - Parque Dona Lindu, s/n, Boa Viagem
Visitação: Quarta a sexta-feira, das 12h às 20h; sábados e domingos, das 14h às 20h
Entrada Franca
Informações: 3355-9825
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