Dose tripla Editora lança três livros simultâneos nesta quinta Apresentação da Jovens Escribas e sessão de autógrafos ocorrerá a partir das 19h, no Barbosa Cozinha e Bar

Por: Augusto Freitas

Publicado em: 15/12/2016 14:42 Atualizado em: 15/12/2016 15:41

Novos títulos retratam histórias de relacionamentos, epidemia zumbi e drama pessoal. Crédito: Editora Jovens Escribas/Divulgação
Novos títulos retratam histórias de relacionamentos, epidemia zumbi e drama pessoal. Crédito: Editora Jovens Escribas/Divulgação


Três livros de ficção inéditos serão apresentados ao público nesta quinta-feira (15), às 19h, em lançamento literário coletivo da editora Jovens Escribas. São eles A prata das pétalas, de Paulo Costa, Absoluta urgência do agora, de Patrício Júnior, e A noite que nunca acaba, de Carlos Fialho. A sessão de autógrafos será no Barbosa Cozinha e Bar (Rua Mamede Simões, 115, Boa Vista).

Em A prata das pétalas, quarto livro do escritor Paulo Costa, carioca radicado em Pernambuco, o enredo é ambientado no Bairro do Recife. A trama é conduzida pela protagonista Maria, ex-rainha dos inferninhos do porto da cidade nos anos 1970, que se tornou moradora de rua e flanelinha. A obra apresenta uma mistura de sonhos e delírios dela e de outros moradores de rua de maneira realista.

Após hiato de sete anos, o escritor potiguar Patrício Júnior volta à ativa com o romance Absoluta urgência do agora, terceiro livro da carreira. A trama envolve um casal divorciado que se vê envolto em uma nova análise da relação, que até antes da ruptura era marcada pela entrega. Segundo Patrício Júnior, o protagonista do livro, cujo nome sequer é revelado, tem muito a contar e ouvir em uma discussão de relação com seu ex.

"A narrativa é em primeira pessoa e apresenta algo presente nos relacionamentos de hoje, a conhecida 'DR', mas de um forma unilateral. Um personagem busca entender o que é o relacionamento, mas com medo de se encontrar consigo e escancarar suas fraquezas. Há um quê de superficialidade na trama, uma característica comum nas relações de hoje", explica Júnior. "O relacionamento de ambos se constrói na memória e se desconstrói no presente", destaca o autor de Absoluta urgência do agora.

O também potiguar Carlos Fialho fecha 2017 com A noite que nunca acaba, coletânea de contos descrevendo um mundo paralelo. Nele, há assassinatos em série de estrangeiros envolvidos em turismo sexual com menores de idade, epidemia de zumbis que aterrorizaram a capital do Rio Grande do Norte, causada por um vírus, e um grupo de sobreviventes que tenta dar fim a uma espécie de confinamento apocalíptico.

Para Fialho, a narrativa poderia se passar em qualquer outro grande centro urbano. "No Recife, há os contos de assombrações e almas penadas, cujo apelo é muito forte na cultura local. Sempre gostei de histórias de zumbis e busquei criar uma obra nesse sentido, unindo diferentes vias de narrativas mórbidas", pontua. 

Absoluta urgência do agora, de Patrício Júnior
Páginas: 292
Preço: R$ 40

Trecho

"Eu não devia, mas sou dessas pessoas que já se acostumaram a fazer coisas desaconselháveis mesmo com as consequências terríveis que podem ser desencadeadas. Foi por isso que segurei tua mão, te puxei pra perto de mim e transformei aquilo troncho num abraço. Devia ter te beijado, sabe? Mesmo sob o risco de ser empurrado pra longe numa reação destemperada" 

A noite que nunca acaba, de Carlos Fialho
Páginas: 240
Preço: R$ 40

Trecho

"O momento em que somos trazidos à tona, resgatados dos sonhos ruins que nos sufocavam à noite, reproduzindo lembranças macabras como em contínuas projeções de um filme de terror passando na sala escura da mente, provoca uma intensa e profunda respiração de alívio. Como que por impulso, nos colocamos de pé subitamente e torcemos, por um momento, que os pesadelos não passem disso" 

A prata das pétalas, de Paulo Costa
Páginas: 92
Preço: R$ 35

Trecho

"Apoia sua mão, pequenos dedos de menina, no meu ombro. Unhas
bem pintadas e longas, faz um cafuné na minha cabeça, pingo de
lágrima na ponta do nariz arrebitado, batom vermelho borrado no
canto da boca. Minha borboleta levanta voo, trajeto ínfimo, de um lado pra outro no quartinho apertado até pra pensamentos..."



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