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Música Irmã de Beyoncé lança disco crítico ao racismo e entusiasta do empoderamento feminino Diversidade e padrões de beleza também fazem parte da temática de A Seat At The Table

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 18/10/2016 19:51 Atualizado em: 18/10/2016 19:51

O orgulho de sua negritude, como o cabelo afro, se tornou inspiração para o novo álbum da cantora. Foto: Saint Records/Columbia/Divulgação
O orgulho de sua negritude, como o cabelo afro, se tornou inspiração para o novo álbum da cantora. Foto: Saint Records/Columbia/Divulgação


Seguindo os passos da irmã Beyoncé no álbum Lemonade (2016), a cantora Solange Knowles resolveu tratar do empoderamento negro em seu mais recente álbum. Esse é o primeiro disco da artista após quatro anos sem lançar nenhum material inédito, sendo sucessor do EP True (2012).

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O CD A seat at the table foi divulgado em 30 de setembro nas plataformas digitais e chegará às lojas em versão física apenas em 18 de novembro. Assim como Lemonade colocou Beyoncé no topo as paradas, o disco de Solange garantiu números nunca antes atingidos por ela: foram mais de 72 mil cópias executadas em streaming na primeira semana e rendeu singles na Hot 100 da Billboard, que permanecem na lista quase 20 dias depois do lançamento %u2013 Cranes in the sky está na 74º posição e Don%u2019t touch my hair aparece na 91º.

Como grande ativista das causas negras e feministas e a exemplo da irmã, Solange resolveu tratar dos temas em seu novo disco, segundo ela %u201Cpara provocar cura e uma jornada de empoderamento%u201D. A cantora se inspirou no que vê no dia a dia e nos próprios pais, que tiveram uma trajetória difícil até se tornarem o que são hoje (o pai, um grande executivo musical, e, a mãe, uma estilista dona de sua própria grife) para criar as canções.

Temática
A força do disco foi apresentada logo no primeiro single, Don%u2019t touch my hair, em que Solange, ao lado do músico britânico Samph,a trata da questão do cabelo negro, que muitas vezes é visto com estranheza. Na letra, ela diz %u201Cnão toque em meu cabelo/, quando são os sentimentos que eu uso./ [...] eles não entendem/ o que isso significa para mim%u201D. Ou ainda nos interlúdios, como em Tina taught me, em que Solange fala sobre o orgulho de ser negra e do chamado racismo reverso. %u201CÉ tanta beleza em pessoas negras,/ e isso realmente me entristece quando não permitem nos expressar esse orgulho/ e, que, se o fizer, então somos considerados antibranco/ quando você só é pró-negro%u201D.

Ao todo, são 21 faixas, dentre elas, oito interlúdios e uma faixa de conclusão, e todas tratam de alguma forma do empoderamento negro. Além das letras, a temática também está presente na sonoridade que mescla o R&B; dos anos 2000, com base nos trabalhos dos artistas americanos do ritmo Aaliyah e D%u2019Angelo.

A inspiração no trabalho da irmã Beyoncé não ficou apenas na temática, mas também na forma do lançamento. Solange já divulgou dois clipes do álbum e ainda um documentário, A seat at the table, beginning stages. No curta-metragem, há imagens sobre o processo de concepção do álbum e ainda trechos bastante pessoais da cantora ao lado do filho. %u201CO documentário é dividido em três partes diferentes. A primeira e a segunda em que divido ideias com artistas e músicos em Long Island e New Orleans. A terceira parte sou eu levando tudo isso para Los Angeles, onde criamos estruturas reais das canções, construindo os sons e escrevendo as letras e as melodias%u201D, explica a artista em comunicado oficial.


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