Justiça
MC Biel é condenado por injúria contra jornalista
Artista terá que pagar R$ 4,4 mil a instituição de caridade
Por: Estado de Minas
Publicado em: 10/10/2016 16:37 Atualizado em: 10/10/2016 17:21
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| Em vídeo, Biel pede desculpas a Giulia e a "todas as mulheres que se sentiram ofendidas". Foto: YouTube/Reprodução |
O cantor MC Biel foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 4,4 mil a uma instituição de caridade em audiência realizada nesta segunda-feira (10), após o processo de injúria movido pela jornalista Giulia Pereira. O artista terá 30 dias para fazer o depósito de pagamento único em conta judicial do Estado e a instituição beneficiada ainda será definida pela Justiça.
Após audiência com juiz, realizada no Juizado Especial Criminal, na região de Barra Funda, em São Paulo, o funkeiro carioca ainda conversou com Giulia e se desculpou com ela. Questionada sobre o resultado, a jornalista se limitou a dizer: "Está tranquilo". Giulia registrou um boletim de ocorrência contra o cantor por assédio na delegacia da mulher, após uma entrevista realizada em junho. Esse inquérito está indefinido pela justiça, por uma brecha na legislação brasileira, que entende por assédio somente casos que ocorrem quando há subordinação hierárquica. Por isso, os advogados da jornalista o acusaram de injúria, processo que ainda está em andamento.
Após chamar a profissional de "gostosinha" e dizer que "a quebraria no meio" e a "estruparia rapidinho", o artista também virou alvo de críticas devido a tuítes antigos que continham declarações de machismo, racismo e preconceito. Na época, Biel alegou que tudo não passou de "um mal entendido" e também divulgou um vídeo com um pedido de desculpas.
Giulia Pereira foi demitida do Portal iG, onde estagiava na época, 13 dias após divulgar o assédio. Uma semana depois, a editora-executiva Patrícia Moraes, autora das matérias que relataram o caso, foi desligada pelo site. Em entrevista ao Programa do Gugu, a estudante desabafou sobre o caso: "É quase uma traição, eu acho, porque eu realmente não esperava". A justificativa da empresa foi a intenção de ampliar a quantidade de repórteres formados e diminuir a de estudantes no corpo profissional do portal. Apesar disso, segundo Giulia, ela foi a única, e outras vagas foram abertas. "Eu acho ingênuo achar que por acaso as duas jornalistas diretamente ligadas ao caso foram as duas demitidas", criticou Giulia. "Eu não sei dizer o que teria motivado, de verdade, porque eu acho que a demissão foi pior para a empresa do que ter divulgado a matéria".
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