Televisão Estrela de A Rainha do Sul, Alice Braga não descarta fazer novelas Brasileira gravará a segunda temporada do seriado em janeiro

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

Publicado em: 16/10/2016 15:10 Atualizado em: 16/10/2016 15:48

Em janeiro, Alice volta a gravar a segunda temporada do seriado. Foto: Divulgação
Em janeiro, Alice volta a gravar a segunda temporada do seriado. Foto: Divulgação
Rio de Janeiro - Espécie de "Pablo Escobar feminina", Teresa Mendonça é chefe de um império do narcotráfico mexicano. A personagem principal da série A rainha do Sul é vivida por Alice Braga em performance bem elogiada. Conversamos com a atriz brasileira, uma das juradas da segunda edição do prêmio da Netflix, na qual Ventos de agosto e O último cine drive-in foram incluídos no catálogo global. "Isso é maravilhoso para os filmes. A gente tem muita dificuldade de distribuição no Brasil", ressaltou a atriz.

Em janeiro, Alice volta a gravar a segunda temporada do seriado do canal USA Network, o mesmo de Mr Robot (série vencedora de dois Globos de Ouro). Com poucos trabalhos na televisão, Alice tem uma extensa carreira no cinema, a exemplo dos brasileiros Cidade baixa e Cidade de Deus, além dos norte-americanos Ensaio sobre a cegueira, Eu sou a lenda e Cinturão vermelho. A rainha do Sul é a primeira série da atriz. "É bem diferente. Porque é um corpo vivo. O filme tem começo, meio e fim. Na série, você continua vivendo a personagem. É um desafio legal. Estou bem feliz com essa possibilidade de criar um personagem ao longo dos anos. Já vai fazer dois anos", compara. No Brasil, passa no Space.

- A repórter viajou a convite da Netflix

A Netflix e os serviços sob demanda têm mudado a televisão no Brasil. Você tem acompanhado as transformações?
Tenho acompanhado bastante. Acho que isso está acontecendo no mundo inteiro. Hoje, cinema e televisão são quase a mesma coisa. Sobre a forma de fazer televisão, a qualidade está tão boa que as pessoas dizem: ‘ah... parece um filme’. Acho que nada mais é diferente. A Globo mesmo está fazendo isso. Faz um filme que logo em seguida vira uma série. Como hoje o mundo é muito digital, se você não faz uma série para conectar os dois mundos, acaba perdendo público. Então a gente está no momento bom. Acho que temos que investir na qualidade de produção, investir nos nossos diretores, nossos escritores e dar a chance desses filmes que fizeram sucesso entrar em uma grade. Acho que é importante. O mundo está assim. Nos Estados Unidos, você vê o sucesso das séries de televisão. Eu mesma estou fazendo uma. É interessante transitar nesses dois mundos.

Alguma produção brasileira de televisão te chamou a atenção?
Amores roubados e Justiça (ambas ligadas a Pernambuco). A qualidade dos projetos está muito boa. Se a gente seguir nessa linha, cada vez mais vamos ter contato com o público. E não vai ser mais aquilo "é só o cinema" ou "é só a televisão".

O formato de seriado e filme é bem diferente. Isso te levou a alguma preparação específica para viver Teresa?
Não. Na verdade, é só uma extensão da preparação, porque como são mais roteiros e é um corpo vivo, que está sempre mudando e novas histórias estão sendo criadas, é quase uma ‘ginástica’. Porque você está em movimento com o personagem. Mas acaba sendo a mesma essência da preparação do ator.

Recentemente, Rodrigo Santoro, ator com foco na carreira internacional, fez uma participação em Velho Chico. Você pensa em fazer novela?
Dá muita vontade. Inclusive, estou sempre em contato com as pessoas. Não é nem problema de agenda, porque agora, com a série, eu tenho que filmar cinco meses. Especificamente, neste momento, fica difícil uma novela, mas uma minissérie ou participação em novela. Tenho interesse. É nossa linguagem. Acho que temos uma qualidade de novela brasileira que é maravilhosa. Faz parte da nossa cultura. Com certeza, é um sonho. Nunca deixou de ser.

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