Música Com disco Walls, Kings of Leon se reinventa e chega ao topo da Billboard O novo álbum vendeu quase 70 mil cópias apenas na primeira semana de lançamento

Por: Alexandre de Paula

Publicado em: 25/10/2016 08:20 Atualizado em: 25/10/2016 21:09

Integrantes da banda revelam que já pensaram em parar, mas optaram pela reinvenção. Foto: Sony/Divulgação
Integrantes da banda revelam que já pensaram em parar, mas optaram pela reinvenção. Foto: Sony/Divulgação


Até 2008, Kings of Leon era apenas uma banda pós-punk formada por irmãos e primos. O lançamento, naquele ano, do disco Only by the night, no entanto, os tornou um fenômeno mundial. A pegada pop (mais romântica e menos agressiva) fez o grupo emplacar hits como Sex on fire e Use somebody. Se a guinada deu certo, tudo o que veio depois, por parecer sempre o mesmo, deixou parte do público e da crítica com pés atrás. Agora, os norte-americanos lançam o sétimo álbum, Walls, que tenta mostrar que eles ainda são capazes de produzir algo novo. O álbum está disponível no Spotify.

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Se eles realmente se reinventaram ou não, pode até ser bastante discutível, mas o fato é que Walls (uma sigla para "we are like love songs") colocou mais uma vez Kings of Leon no topo das paradas. E, na verdade, a banda chegou mais longe do que nunca. Com o sétimo disco, o grupo alcançou o primeiro lugar na Billboard.

 O novo álbum vendeu quase 70 mil cópias apenas na semana de lançamento e chegou ao topo da lista. Em 13 anos de carreira, a banda de Nashville nunca tinha chegado ao primeiro lugar. Mesmo o sucesso avassalador de Only by the night, com 2,5 milhões de cópias vendidas e 132 semanas  na lista, não tinha sido capaz de alcançar a liderança.

O grupo demorou três anos para apresentar um novo disco de estúdio e apostou no produtor Markus Dravus, que trabalhou com Florence + The Machine e Arcade Fire, para mudar o som feito por eles até agora. Até por isso, pouco ou quase nada se sabia sobre o álbum, lançado recentemente, até meses antes da finalização do disco. "No início, percebemos que, com ele, seria um trabalho muito duro, mas estávamos todos na mesma vontade e a mágica foi praticamente instantânea", contou o baterista Nathan Followill à BBC.

Ele falou também sobre as peculiaridades de trabalhar com Dravus. "Às vezes, ele pedia para seguirmos um caminho e dizíamos: 'Já estamos fazendo assim há seis meses'. Então íamos na ideia dele e tínhamos que dizer: 'Droga, ele estava certo, mais uma vez'", revelou. Além disso, ele contou que o produtor se negava a deixá-los ouvir as canções outra vez depois da gravação final.

Urgência
O mistério sobre o álbum, disseram, era uma maneira de tirar a pressão e conseguir dar vazão à criatividade. O sucesso com trabalhos anteriores mexeu com a banda e houve até vontade de parar, contou o baterista. "A gente pensava: 'Nós estamos fazendo 200 shows por ano, mas não estamos colhendo os benefícios'. Havia uma urgência para conseguir outro recorde e acho que foi tudo um pouco rápido demais", disse. Para o baterista, a banda tinha, de fato, entrado em uma zona de conforto e quis ser reinventar. "Nós tínhamos uma zona de conforto, sim. Poderíamos ter continuado a fazer discos da mesma forma, e tenho certeza que nossos fãs obstinados teriam continuado a comprá-los", afirmou. No novo disco, a vontade do grupo foi de fazer tudo de uma outra maneira e, de alguma forma, deixar os trabalhos anteriores para trás. "Neste álbum, nós só queríamos jogar tudo fora pela janela", brincou Nathan. Para o vocalista, Caleb Followil, o disco traz uma sonoridade grandiosa e isso se deve mais às canções do que aos recursos usados na gravação. "Tudo parece maior porque usamos menos pedais e efeitos do que nunca", disse em entrevista ao USA Today. "Se parece grande, é por causa da música".

SERVIÇO
Walls, de Kings of Leon 
Gravadora: Sony Music 10 faixas Disponível nas plataformas digitais 


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